O enfermeiro Jones Soares de Oliveira aproveitava o horário de intervalo e caminhava, tranquilamente, pela Rua Quinze de Janeiro, quando começou a ouvir gritos que vinham da Praça da Emancipação, em frente à prefeitura de Canoas.
O caso da criança que precisava de ajuda, na tarde da última terça-feira (20), no Centro da cidade, gerou polêmica e discussão após acusações de omissão de socorro por parte de um servidor da Guarda Municipal.
As testemunhas apontam que um funcionário da Unidade Básica de Saúde (UBS) Santa Isabel resgatou a criança em meio ao tumulto. Era Oliveira, que confirma em relato que nem pensou duas vezes antes de correr para ajudar. “Eu saí correndo em direção a essas pessoas. Cheguei perto e vi que era uma criança e ela estava desacordada”, conta. “Eu não tive tempo suficiente para avaliar o que tinha acontecido. Só peguei a criança no colo e saí correndo.”
Ao levar a criança correndo para a UBS Santa Isabel, que fica a cerca de 250 metros do local, Jones se sentiu mais seguro para garantir os procedimentos necessários para reanimá-la. “Eu imaginei que a criança tivesse se engasgado, mas eu verifiquei que ela respirava fraco”, aponta. “Cheguei na unidade e colocamos no oxigênio, porque dava para ver que ela saturava pouco, a criança ainda estava desacordada.”
Entraram em ação também o médico e a equipe da enfermagem para prestarem toda assistência necessária, explica Oliveira. O Samu até chegou a ser acionado, mas a menina acabou respondendo aos estímulos.
“Foi uma convulsão febril o que ela teve”, esclarece. “Não precisou da Samu, porque ela saiu da unidade já acordada, lúcida e responsiva. Saiu caminhando com a mãe e com o irmão”, conclui.
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