Moradores de Canoas lembraram, nesta terça-feira (26), da noite de 14 de outubro de 2015, quando um temporal de granizo arrasou os bairros Rio Branco e Niterói. Ao todo, 30 mil pessoas foram atingidas.
Hoje vivendo no bairro Guajuviras, Andressa Amaral lembra da noite em que teve que tirar a filha recém-nascida da cama já com água pelos joelhos.
“Tomei um susto mais cedo quando as pedras começaram a bater no telhado, mas isso é de trauma”, diz. “Em 2015, eu morava no Rio Branco e posso afirmar que aquilo, sim, foi filme de terror”.
A operadora de máquinas de 44 anos lembra que na época ventos com mais de 98 km/h levaram até um enorme pergolado que ela havia instalado há pouco na frente de casa.
“Eu soube de gente que se escondeu em armários com medo naquela noite”, diz. “Lembro que olhei pela janela e o meu pergolado saiu voando e foi parar em cima da casa do vizinho”.
O prefeito Jairo Jorge também diz lembrar muito bem daquela fatídica noite. Então, em seu segundo mandato como gestor da cidade, ele acabou surpreendido pelo temporal de granizo.
“Eu era prefeito em 2015 e lembro o rastro de destruição que o granizo causou”, afirma. “Foram 30 mil pessoas atingidas em meio ao temporal de vento e pedras que caíram”.
Jairo observa que desde então, a tecnologia avançou bastante, sendo possível ao gestor, senão controlar a previsão do tempo, ao menos trabalhar para dirimir o impacto causado por efeitos adversos.
“Nos reunimos no último sábado (23) e planejamos ações e mobilizamos equipes para eventos previstos para esta terça-feira. Só que a previsão é que em outubro continue chovendo e podem acontecer novos temporais. Isso preocupa muito”.
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