POLÍCIA

ESTUPRO DE VULNERÁVEL: Mãe será investigada por negligência após caso de abuso de filha adotiva em Canoas

Polícia suspeita que mulher tinha conhecimento dos crimes cometidos em casa contra a adolescente

Publicado em: 26/07/2023 19:03
Última atualização: 18/10/2023 15:10

A Polícia Civil confirmou, na tarde desta quarta-feira (26), que vai investigar, por negligência, a mãe adotiva da adolescente vítima de abuso sexual em Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre.

Caso de estupro de vulnerável surpreendeu agentes da Polícia Civil em Canoas Foto: POLÍCIA CIVIL/REPRODUÇÃO

Segundo o delegado Maurício Barison, titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) do município, a suspeita é de que a mulher tinha conhecimento do que acontecia na casa. "Parece que a vítima já tinha tentado relatar o que acontecia, porém, a mãe adotiva não deu muita bola, por isso vamos investigar", afirma o delegado.

No fim da tarde de terça-feira (25), o companheiro dela, um homem de 41 anos, foi preso por suspeita de estupro de vulnerável. A prática do crime contra a filha adotiva teria começado logo após a adoção da menina, quando ela ainda era uma criança, e se estendido por três anos. 

De acordo com o delegado, como recompensa pelos abusos, o homem oferecia dinheiro ou objetos à vítima. "A denúncia aconteceu logo após uma palestra preventiva da Brigada Militar (BM) na escola onde a vítima estuda", esclarece. "Durante uma conversa sobre abusos sexuais."

A palestra organizada pela BM durante o Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd), conforme o delegado, conferiu à jovem a certeza de que ela passava por uma situação de abuso. Aos PMs, a vítima teria relatado que as situações usadas de exemplo na apresentação era exatamente como as que sofria em casa. 

"Toda a investigação foi conduzida em parceria com a Brigada Militar e só temos a agradecer ao suporte dado durante a investigação", frisa o delegado. "Este caso ilustra bem a importância da integração de esforços das forças policiais, bem como da aproximação das instituições de segurança pública da comunidade."

*Os nomes dos envolvidos não são divulgados para proteger a identidade da vítima, conforme preconiza o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

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