EDUCAÇÃO E CULTURA
Estudantes ensinam sobre países em Feira das Nações no Colégio Miguel Lampert em Canoas
Apresentações aconteceram nesta segunda-feira (21) e reuniram familiares e comunidade
Última atualização: 22/10/2024 11:16
Uma feira de ciências com cores, vestimentas, comidas e idiomas de diferentes países do mundo, mas tudo no mesmo lugar. Os estudantes do Colégio Estadual Miguel Lampert aprenderam e ensinaram sobre a cultura de sete países durante a Feira das Nações, na manhã desta segunda-feira (21).
Os visitantes puderam conhecer mais sobre o Irã, Argentina, Holanda, Colômbia, África do Sul, Angola, China, Índia e Nova Zelândia. Cada turma ficou responsável por um país e se dividiu em grupos para apresentar a geografia, política, economia, sustentabilidade, esporte, culinária e cultura. As salas de aula foram decoradas com mapas, bandeiras, banners e maquetes para ajudar na apresentação do trabalho que vale nota no trimestre.
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Em uma dessas salas estava a turma 301, do 3º ano do ensino médio, ensinando um pouco sobre as particularidades da Índia. Logo na entrada, a aluna Amanda Barreto, 18 anos, interpretou a bioquímica Kamala Sohonie, primeira mulher indiana a obter o doutorado em ciências no país. A estudante contou em primeira pessoa a trajetória da cientista.
"Eu pesquisei na internet sobre cientistas indianos e encontrei a Kamala. Vi que ela era importante para a ciência e história do país também por ser uma mulher pioneira", comenta. Amanda integra o grupo da Airam Sánchez, 17, Ranieri de Almeida e Cassiana Aguiar, ambas de 18 anos, que apresentaram sobre o lixo e animais sagradas. "Achei a pesquisa tranquila", afirma Cassiana. "Nós nos envolvemos bastante no trabalho", conta Ranieri, ambas com trajes típicos.
Alunos aprenderam sobre processo de pesquisa
A estudante Airam Sánchez ressalta que aprendeu mais sobre pesquisa. "Consultei diversos sites e precisei comparar as informações para saber quais eram confiáveis."
O mesmo desafio foi enfrentado pela turma 304, escolhida para apresentar a Holanda. Os alunos João Pedro Tagliapietra, Julia Fraga Pires e Carlos Alexandre Kepler, ambos de 18 anos, e Franco Katynski Pereira, de 17, eram os responsáveis pela parte de cinema, literatura e artes do país europeu.
"No começo nós pensamos que a pesquisa poderia ser complicada, então pesquisamos em holandês na internet e achamos um site com conteúdos legais para o trabalho", disse João Pedro.
Mas apenas apresentar a pesquisa não era o suficiente, foi preciso se caracterizar não apenas com trajes típicos, mas como uma personalidade da cultura holandesa.
"Falaram que precisavam de um Van Gogh e eu me ofereci. Está sendo divertido", contou Carlos, aluno do terceiro ano vestido de acordo com a tela Autorretrato Com a Orelha Cortada, de 1889.
Atividade lúdica que vale nota no trimestre
De acordo com a professora de humanas Érica Noronha da Boit, idealizadora do evento, a feira ajuda na ampliação dos horizontes dos alunos. "Foi um sorteio dos países e escolhemos aqueles mais periféricos, não só no sentido econômico, mas que possuem estereótipos. Ver os países por outro ângulo", explica.
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Além da longa pesquisa, os estudantes também aprenderam a se organizar em grupo com toda a turma. "É importante para eles verem o limite do outro e do seu próprio limite porque é um desafio trabalhar em grupo."
Segundo a diretora do colégio, Daniele Noschang Kühn, as apresentações são atividades lúdicas mas também valem nota. "Todas as disciplinas participaram da elaboração do trabalho. Agora, todas vão avaliar o que for apresentado."
"Pelo o que estamos vendo, os trabalhos estão muito bons", completa.