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EDUCAÇÃO

Estudantes apresentam suas pesquisas na 12º edição da IFCITEC em Canoas

Evento de ciência e tecnologia acontece no campus Canoas do Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS)

Publicado em: 28/10/2024 às 20h:01 Última atualização: 28/10/2024 às 20h:13
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Jovens fazendo pesquisas, propondo discussões e apresentando soluções para problemas do dia a dia. É assim que a Feira de Ciências e Inovação Tecnológica (IFCITEC), do Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS) – Campus Canoas, chega a sua 12ª edição em 2024.

Trabalhos de diferentes áreas do conhecimento foram expostos nesta segunda-feira (28)



Trabalhos de diferentes áreas do conhecimento foram expostos nesta segunda-feira (28)

Foto: Paulo Pires/GES

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Nesta segunda-feira (28), cerca de 350 alunos e alunas dos ensinos fundamental, médio e técnico apresentaram seus trabalhos na estrutura montada no ginásio do instituto, localizado na Dra. Maria Zélia Carneiro de Figueiredo, 870, no bairro Igara. São 110 boxes para abrigar cada pesquisa.

Os estudantes do ensino fundamental podem investigar e apresentar assuntos nas áreas de ciências da natureza, humanas, exatas e linguagens. Já os de ensino médio e técnico, são divididos de acordo com as 10 categorias do conhecimento definidas pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Temas atuais

Em uma delas estava a dupla Isadora Amaral, 16 anos, e Emili Silva, 17, que desenvolveram um trabalho sobre apagamentos de escritores negros na história, comparando as obras Esaú e Jacó (1904), de Machado de Assis, e Olhos d’Água (2014), de Conceição Evaristo.

As estudantes Isadora Amaral e Emili Silva apresentaram uma pesquisa sobre Machado de Assis e Conceição Evaristo



As estudantes Isadora Amaral e Emili Silva apresentaram uma pesquisa sobre Machado de Assis e Conceição Evaristo

Foto: Paulo Pires/GES

A pesquisa fala sobre preconceito velado e desvalorização dos artistas negros. “Nós queríamos ver o que eles têm em comum. Nosso trabalho também questiona qual público lia Machado de Assis na época que ele escrevia e qual lê Conceição Evaristo hoje”, explica Emili.

“Tínhamos esse projeto na disciplina de informática básica e decidimos apresentar na feira”, afirma Isadora. “Além de apresentar o trabalho, queríamos desenvolver a nossa fala em público”, completa. Ambas são alunas do 1° ano do Ensino Médio e cursam desenvolvimento de sistemas no próprio campus.

Alunos veem apresentações como oportunidades

A feira também foi vista como uma oportunidade para a estudante Beatriz Carbonera da Silva, 18 anos. “É o meu trabalho de conclusão do curso técnico, então estou treinando a apresentação”, conta a aluna de desenvolvimento de sistemas.

A aluna Beatriz Carbonera participa pela 1ª vez da feira



A aluna Beatriz Carbonera participa pela 1ª vez da feira

Foto: Paulo Pires/GES

Beatriz criou um software que monitora animais peçonhentos e dengue com uso de geolocalização. “O usuário informa se encontrou ou se foi picado por algum animal peçonhento e pode enviar foto”, explica. A plataforma também permite a notificação de casos ou focos de dengue.

“A ideia é que as pessoas saibam como está determinada região da cidade e que medidas possam ser tomadas a partir desse dados”, afirma.

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Além de apresentar para o público, os estudantes devem expor para os avaliadores que analisam a apresentação oral, relatório técnico, pôster e caderno de campo. Os critérios foram divulgados no regulamento da feira.

As notas permitem criar uma classificação e agraciar os três primeiros colocados com medalhas. Além disso, a escola vencedora leva um troféu.

Feira mostra qualidade do ensino no estado

Um dos professores organizadores da IFCITEC, Sandro Silva, estava contente com a feira. “Está bem tranquilo. Agora estamos na parte de aproveitar os trabalhos”, afirma. “Depois de toda a estrutura montada, o momento é de apreciar e de avaliar as pesquisas.”

Para a diretora geral do campus Canoas, Patrícia Hübler, o IFCITEC é o maior evento do instituto na cidade. “Além de reunir trabalhos do ensino médio e fundamental, temos pesquisas de outros municípios e estados”, comenta. “Acredito que isso mostra a qualidade do ensino público e privado aqui no nosso estado”, completa.

“É uma emoção enorme ter estudantes do Ensino Fundamental trabalhando com pesquisa. Eles têm essa oportunidade de conhecer o campus e quem sabe estudar aqui no Ensino Médio. É gratificante”, conta emocionada.

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