Aniversário
Esquadrão Pampa completa 77 anos defendendo o espaço aéreo no sul do Brasil
Cerimônia, na manhã desta sexta-feira (22), reuniu ases de ontem e de hoje na Base Aérea de Canoas
Última atualização: 22/03/2024 15:35
No solo, militares do passado e do presente marcham sob a cadência imposta por corneta, trompete e trombone da banda; enquanto isso, no ar, aeronaves F-5 rasgam o céu a uma velocidade média de 2.000 km/h.
Foi com pompa e circunstância que a Base Aérea de Canoas celebrou, na manhã desta sexta-feira (22), o septuagésimo sétimo aniversário do Primeiro Esquadrão do Décimo Quarto Grupo de Aviação (1°/14° GAV) - Esquadrão Pampa, responsável pela defesa aérea do sul do Brasil.
A comemoração foi dupla: o aniversário de 77 anos do Esquadrão Pampa foi celebrado na mesma semana que os potentes caças F-5 atingiram um total de 100 mil horas de voo. Para se ter uma ideia, um F-5 já saiu de Canoas e pousou nos Estados Unidos em sua longa trajetória no ar.
Comandante do Esquadrão Pampa, o tenente-coronel aviador André Navarro de Lima Guimarães discursou para a tropa, ressaltou a importância de homens e mulheres que não medem esforços para garantir serviços de qualidade e resultado.
“Seja na operação técnica, administrativo ou piloto, cada homem e mulher que passou pelo Esquadrão Pampa dedicou o melhor de si para um dos mais tradicionais esquadrões da FAB [Força Aérea Brasileira], destacou. “Somos pequenos em número, mas gigantes em qualidade e resultado”.
Já o comandante do Quinto Comando Aéreo Regional (V Comar), major-brigadeiro do ar, Vincent Dang, aproveitou para ressaltar a marca histórica de 1.000 voos e a importância do Pampa para a aeronáutica no sul do País.
“A gente sabe que não foi fácil atingir esta importante marca”, frisa. “Houve períodos de dificuldades, que acabaram sendo superados graças a garra e profissionalismo que mantiveram o Esquadrão Pampa na soberania do espaço aéreo brasileiro”.
Homenagem
A cerimônia organizada não honrou somente os pilotos dos caças. Houve honrarias também para profissionais como técnicos em eletrônica, eletricistas e mecânicos, cujo trabalho é fundamental para garantir a segurança dos jatos no ar. Em um dos momentos mais bonitos, militares de hoje e de ontem marcharam juntos representando a força que fez o Esquadrão Pampa se tornar referência no Brasil.
Suboficial mecânico aposentado, Francisco Wilson, 56 anos, achou ótima a ideia de organizar a homenagem, até porque serviu de reencontro com antigos colegas de farda.
“A relação de respeito sempre foi muito grande entre os pilotos que estão no céu e os técnicos que trabalham no solo”, explica.