SAÚDE

Esporotricose pode afetar felinos e também humanos

A doença tem tratamento eficaz, com uso de antifúngicos orais e os gatos não são vilões

Publicado em: 09/01/2024 10:23
Última atualização: 09/01/2024 10:25

Felinos e humanos podem ser vítimas de uma doença denominada esporotricose, causada por um fungo que está naturalmente presente no solo e na casca de árvores. O número de casos tende a crescer nos meses mais quentes do ano e a forma de prevenção da doença nos animais é a castração.

08/01/2024 GATO DA DANI Foto: PAULO PIRES/GES

Profissionais alertam que essa é uma doença negligenciada, uma zoonose que realmente pode causar um problema de saúde pública muito grave. A principal orientação é castrar os gatos, pois isso evita que eles entrem em disputas com outros animais. Também é fundamental mantê-los dentro de casa para reduzir as chances de contaminação. Fique atento aos sinais.

Se no seu pet aparecerem feridas de difícil cicatrização, secreções na pele, apatia, dificuldades para respirar e perda localizada de pelo, o ideal é levar o animal para uma visita ao veterinário. Somente o especialista poderá confirmar ou não o diagnóstico. A doença tem tratamento.

A terapia inclui uso de antifúngicos orais durante um a seis meses, em média. Deve-se isolar o felino de outros e fazer o tratamento diário de forma correta. É importante lembrar que os gatos não são vilões e sim, vítimas. “Os fungos não estão nos felinos e sim no meio ambiente”, ressalta o secretário de Bem-Estar Animal, Paulo Facio. Ele comenta que a Secretaria Municipal de Bem-Estar Animal (SMBEA) está alinhada com a Secretaria Municipal de Saúde, realizando reuniões e promovendo ações de conscientização com médicos e veterinários para a correta notificação dos casos.

Cuidado dobrado: os pulmões podem ser atingidos

Os humanos não estão livres dessa micose provocada por fungos, a esporotricose, e também podem se contaminar ao manejar matéria orgânica, como cascas de árvores ou outra planta contaminada, e através dos próprios gatos doentes. Os principais sintomas nas pessoas são lesões que não cicatrizam, principalmente nas mãos, ou em lugares feridos pelo pet. A doença pode atingir os pulmões, podendo levar a óbito. Os humanos devem cuidar da própria proteção sempre, com o uso de luvas e mangas compridas.

A infecção ocorre, principalmente, pelo contato do fungo com a pele ou mucosa. Por essa razão é preciso ter muito cuidado e evitar acidentes com espinhos, palha ou lascas de madeira, bem como contato com vegetais em decomposição, arranhadura ou mordedura de animais doentes. “O tratamento, basicamente, é realizado com antifúngicos, dependendo do organismo de cada pessoa”, informa a médica veterinária da Secretaria Municipal de Bem-Estar Animal (SMBA), Kátia Lima.

Prefeitura oferece serviço gratuito

Pessoas inscritas no CadÚnico e com renda familiar de até três salários mínimos, residentes em Canoas, se tiverem animais com os sintomas, podem procurar atendimento veterinário gratuito na SMBEA. Caso o gato venha a óbito com a doença confirmada, o animal não deve ser enterrado, para que não haja o risco de contaminar o solo. Nessa situação, é fundamental que o corpo do animal seja entregue à Secretaria de BemEstar Animal, que fará a destinação correta.

A secretaria de Bem estar Animal, fica na Av. Boqueirão, 1986, no bairro Igara e atende nas segundas-feiras das 12 às 18 horas, terças-feiras, quartas-feiras e quintasfeiras, das 8 às 18 horas e sextas das 8 horas ao meiodia. Maiores informações pelos fones (51) 3429- 2924 ou (51) 3427-1169.

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