A terça-feira (26) foi um dia diferente para os alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental Rubem Carlos Ludwig, no bairro Mathias Velho. A escola promoveu uma série de atividades alusivas ao Mês da Consciência Negra, desde exposições com trabalhos feitos em sala de aula até palestras sobre temas que permeiam a data.
Uma delas foi a do professor de Educação Física, Vítor Ferreira. Numa sala de aula e com auxílio de uma apresentação de slides, o professor fez um recorte da história do racismo no esporte desde o período do Brasil Colônia até os tempos atuais.
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Com exemplos nacionais e internacionais de atletas negros em diferentes modalidades e momentos históricos, o professor realizou a atividade com todas os anos. “É um pouco da minha formação. Dou aula, não apenas exercícios na quadra. E essa palestra completa um pouco”, explica Vítor.
Junto dos nomes de Ana Marcela Cunha (nadadora brasileira de águas abertas), Lewis Hamilton (piloto inglês de Fórmula 1) e Pelé (jogador brasileiro de futebol), o professor traz figuras históricas que não fazem parte do imaginário dos alunos. A palestra lembra Aida dos Santos, primeira brasileira negra a participar de uma Olimpíadas, e Arthur Ashe, primeiro tenista negro a conquistar um Grand Slam.
Para além das aulas
De acordo com a professora de Geografia que ajudou a organizar as atividades, Renata Silveira, a programação da Consciência Negra buscou atender todos os alunos e cumprir com a função da escola. “Se tem um problema no mundo, a escola tem que ajudar a resolver. E o racismo é um desses problemas que temos que cortar pela raiz”, declara.
As ações na escola também contaram com a presença do escritor e historiador Marcelo Cortes. Na quadra de esportes da escola, o também doutorando em História pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) falou com os alunos sobre movimento e cultura negra.
“Vocês precisam começar a se antenar já nessa idade, prestar atenção no que os professores dizem para ajudá-los a formar uma boa cabeça e enfrentar os preconceitos, como o racismo e as diferenças sociais”, diz aos estudantes.
No mesmo espaço, os professores organizaram uma exposição com trabalhos feitos em sala de aula. “Eles destacam questões da África, apresentando uma visão positiva do continente”, afirma a professora Renata Silveira.
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