CHEIAS

"Escoamento das águas deve levar até 30 dias", diz prefeito de Canoas

Atraso na chegada de motores e bombas retarda operações

Publicado em: 16/05/2024 16:39
Última atualização: 16/05/2024 17:38

Em meio à enchente que atingiu mais da metade de Canoas, a expectativa de escoamento total das águas foi atualizada para ocorrer em até 30 dias. Nesta quinta-feira (16), o prefeito Jairo Jorge, detalhou ações de retirada das águas nas regiões afetadas pelas cheias dos rios dos Sinos, Gravataí e Jacuí.

Equipamentos distribuídos entre os diques dos bairros Mathias Velho e Rio Branco Foto: Thiago Guimarães/PMC

 

Nesta quinta, o bairro Fátima recebeu a instalação de dois motores com maior potência de vazão. Na noite de quarta-feira (15), foram instaladas duas bombas nas regiões dos diques do Mathias Velho e do Rio Branco. Os equipamentos ficarão em operação 24 horas.

"São motobombas emprestadas pela Corsan. Nos próximos dias, chegarão mais bombas da Sabesp. A chegada de dois equipamentos da Sabesp foi atrasada devido ao roubo da carga. O caminhão que trazia os materiais foi interceptado no Paraná", lamenta Jairo. "Também estamos viabilizando a contatação de mais equipamentos. Ao todo, serão 40 motores e bombas com capacidade elevada para auxiliar na baixa das águas. Os materiais da Corsan e Sabesp não possuem custo para o município, porém, são necessários mais equipamentos, que estão sendo viabilizados por meio de uma empresa terceirizada para compra e aluguel."

O prefeito não confirma uma data para o pleno funcionamento da operação. A celeridade dependerá da logística, os materiais serão enviados de diferentes regiões do Brasil e até de fora, como o caso da Argentina. "A lógica permanece a mesma, os últimos bairros afetados serão os primeiros a ter as águas evacuadas. É um processo gradual", diz.

O conserto provisório dos diques Mathias Velho e Rio Branco está programado para começar após a redução do nível das águas nos locais. De acordo com Jairo, o processo será dividido em três etapas. A primeira contempla a colocação de rachões (pedras) e bags de areia e argila para o fechamento das fissuras. Na segunda fase, uma espécie de "secadeira", uma barreira fora do dique, para realizar a função de contenção. A terceira etapa envolve o aumento dos muros dos diques.

"A primeira e segunda deverão ser executadas nos próximos dias. Já na terceira etapa, ainda não há previsão, mas o objetivo é realizar o mais breve possível. Sabemos da urgência, mas é preciso a realização de planejamento e estudos para definir quantos metros serão erguidos."

No bairro Mathias Velho será construído um acesso ao dique para a realização do conserto. A obra será semelhante à passagem do corredor feito em Porto Alegre, próximo à rodoviária. "Não tem outra saída, não podemos colocar caminhões pesados diretamente nos diques. É uma operação complexa. Teremos um acesso permanente em até uma semana, mesmo com a previsão de mais chuva. A partir dessa operação, conseguiremos também acessar a casa de bombas número seis."

Segundo a Jairo, com o retorno da casa de bombas seis, a capacidade de resposta de escoamento das águas será duplicada. As casas de bombas um e dois permanecem como as únicas em operação na cidade. As demais seguem inoperantes. "Os motores estão debaixo d'água. O nível está em cinco metros, para chegarmos até os motores, ela precisa estar em 3,40 metros. Sem acesso, não há como prever o que estragou. A expectativa é que a bomba oito seja a primeira a voltar a funcionar devido à altura dela", finaliza o prefeito.

 

"A primeira e segunda deverão ser executadas nos próximos dias. Já na terceira etapa, ainda não há previsão, mas o objetivo é realizar o mais breve possível. Sabemos da urgência, mas é preciso a realização de planejamento e estudos para definir quantos metros serão erguidos."
No bairro Mathias Velho será construído um acesso ao dique para a realização do conserto. A obra será semelhante à passagem do corredor feito em Porto Alegre, próximo à rodoviária. "Não tem outra saída, não podemos colocar caminhões pesados diretamente nos diques. É uma operação complexa. Teremos um acesso permanente em até uma semana, mesmo com a previsão de mais chuva. A partir dessa operação, conseguiremos também acessar a casa de bombas número seis."
Segundo a Jairo, com o retorno da casa de bombas seis, a capacidade de resposta de escoamento das águas será duplicada. As casas de bombas um e dois permanecem como as únicas em operação na cidade. As demais seguem inoperantes. "Os motores estão debaixo d'água. O nível está em cinco metros, para chegarmos até os motores, ela precisa estar em 3,40 metros. Sem acesso, não há como prever o que estragou. A expectativa é que a bomba oito seja a primeira a voltar a funcionar devido à altura dela", finaliza o prefeito.

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