É enorme o fluxo de veículos que saem de Canoas em direção a Porto Alegre pela Avenida Guilherme Schell. Isso porque a área, no bairro Rio Branco, é de grande concentração das empresas de logística.
Foto: PAULO PIRES/GES
Desde que a água baixou após as cheias de maio, contudo, tem sido uma aventura os veículos que chegam ao locar sair do bairro. As crateras formadas no asfalto formam verdadeiras armadilhas para condutores desavisados.
Trabalhando em um posto de combustíveis na área, Miguel Santana, 36 anos, aponta que não há dia em que não veja um veículo perder a suspensão por não desacelerar no trecho próximo à ponte sobre o Rio Gravataí.
“Se o cara não conhece e vem chutado pela Guilherme Schell, é quase certo que vai se perder na buraqueira”, aponta. “Já vi uns quantos com o carro quebrado porque a roda bateu no cocuruto e quebrou a suspensão”.
Responsável por uma empresa de armazenamento de materiais bem na entrada de Canoas, Taís Pires disse perder negócios devido às más condições da área, com dificuldade até para o cliente chegar ao local.
“A gente já reclamou bastante, mas até agora nenhuma providência foi tomada”, reclama. “É uma buraqueira que o cliente que consegue chegar reclama. Será que não sabem que tem um monte de empresas aqui?”
Movimento menor
As dificuldades existem, embora com menor fluxo, também para os condutores que acessam Canoas por meio do bairro Humaitá, na vizinha Porto Alegre.
Segundo o motorista de aplicativo Lúcio Gonçalves, a situação deve piorar muito quando a Estação Farrapos voltar a operar.
“Hoje a circulação só não é maior ali porque a Estação Anchieta está fora”, explica. “Mas a hora que a coisa voltar ao normal, a fila de carros ali vai ser bem maior, porque não tem como acelerar na buraqueira”.
O que diz a Prefeitura?
Por meio de nota encaminhada pela assessoria de comunicação, a Prefeitura de Canoas informou que como a capatazia do bairro Harmonia, onde ficava armazenado o maquinário da Prefeitura e também da empresa contratada para pavimentação, foi afetada pela enchente de maio, no momento não é possível efetuar reparos com asfalto quente. Com isso, atualmente não é possível fazer o fechamento de buracos maiores, que requerem caminhões e máquinas específico para este tipo de pavimentação. Como resposta para o problema, há uma licitação em andamento, visando contratar uma nova empresa para atuar na recuperação asfáltica das vias de Canoas.
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