A retirada de tambores com conteúdo químico no bairro Fátima, em Canoas, segue por tempo indeterminado. A força-tarefa montada com militares do Exército Brasileiro e da Marinha do Brasil contabilizou, até o início da tarde desta quarta-feira (5), a remoção de 1.950 barris com resquícios de ácidos, solventes, tintas e óleos.
“Pelo fato de ser um material que possui restos de resíduos espalhados com esgoto a céu aberto, todos os 32 militares que compõem as tropas da operação são especializados em Defesa Química Biológica Radioativa Nuclear”, explica o coronel da 14ª Brigada de Infantaria Motorizada, André Terra.
Os tonéis, oriundos de uma empresa de Canoas, foram levados pelas águas durante a enchente. Os materiais foram arrastados para diferentes pontos das regiões alagadas do bairro Fátima. Amostras do solo estão sendo coletadas e enviadas ao laboratório do Exército Brasileiro, no Rio de Janeiro, para uma análise mais detalhada e confirmatória da atual situação.
“Uma análise preliminar da área afetada indicou que os níveis de químicos tóxicos industriais estavam abaixo de seis partes por milhão [ppm], ou seja, sem risco significativo à saúde pública. Porém, quando falamos em esgoto e material biológico em decomposição, o risco pode existir, por isso, é preciso aguardar o resultado da investigação”, destaca.
O Exército orienta que a população evite o contato direto com os resíduos e os barris até que as medidas de limpeza sejam realizadas adequadamente.
“É importante seguir as recomendações e permitir que equipes especializadas realizem a remoção do material em suas propriedades”, finaliza o coronel Terra.
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