CAUSA ANIMAL
CATÁSTROFE NO RS: Governo do Estado e grupo voluntário firmam parceria para cuidar de animais resgatados da enchente
Grupo de Resposta a Animais em Desastres (Grad) atua para resgatar e atender animais em vulnerabilidade
Última atualização: 18/05/2024 16:37
Na manhã deste sábado (18), o governador Eduardo Leite firmou um termo de cooperação entre o Estado do Rio Grande do Sul e o Grupo de Resposta a Animais em Desastres (Grad), que atua para resgatar e atender animais em vulnerabilidade. O ato ocorreu no Hospital Veterinário da Ulbra, em Canoas.
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O Grad conta com mais de 80 membros em diferentes estados do País. Destes, 19 foram destacados para atender municípios atingidos pela enchente no Rio Grande do Sul.
“O trabalho começa hoje, oficialmente, e não tem data para acabar. Agora, a equipe está formalmente à disposição do Estado do Rio Grande do Sul para assessorar a parte de abrigamento e a parte técnica de cuidado dos animais”, declarou a fundadora e presidente do Grad, Carla Sássi, médica veterinária.
Além dos resgates, o grupo trabalha com atendimento médico e cuidados sanitários, para evitar a disseminação de doenças e a reprodução descontrolada dos animais. Há também a preocupação com o alojamento e o mapeamento dos tutores dos bichos resgatados. O grupo foi formado em 2011, quando intensas chuvas devastaram a região serrana do Rio de Janeiro.
Segundo o governador Eduardo Leite, a assinatura do termo é um marco estadual para as políticas de cuidados com os animais no contexto de calamidade.
“Não temos as respostas, sozinhos, para esses desafios todos. Queremos o apoio de quem conhece e atua sobre a causa. Fazemos esse termo de compromisso não para esgotar com o Grad nossa atuação, mas para ter o apoio técnico para reconhecer outras iniciativas na sociedade civil que possam se somar a esse esforço”, afirmou.
O vice-governador Gabriel Souza destacou a importância da atuação do Estado em três eixos de cuidado aos animais: resgate e atendimento de animais resgatados; manejo de animais em abrigos; e desenvolvimento de uma solução tecnológica para encontrar tutores de animais resgatados e promover adoção de animais abandonados.
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Após a assinatura do termo, o governador visitou as dependências do Hospital Veterinário da Ulbra. Leite foi acompanhado do vice-governador, do prefeito Jairo Jorge, da secretária do Meio Ambiente e Infraestrutura, Marjorie Kauffmann, do deputado Luiz Carlos Busato e de Thalis Bolzan – marido do governador.
Nas baias da Ulbra, a comitiva visitou o cavalo batizado de Caramelo, resgatado no dia 9 após passar dias em cima de um telhado em Canoas.
“O cavalo Caramelo simboliza essa resistência, essa nova forma de olhar. A sociedade se mobilizou. Isso é uma mudança de entendimento, de que todas as vidas devem ser salvas”, afirmou o prefeito Jairo Jorge.
Mais de 10 mil animais resgatados em Canoas
A secretária de Bem-Estar Animal de Canoas, Fabiane Borba, estima que mais de 10 mil animais estejam alojados em abrigos específicos para pets no município. “Temos 8.600 mapeados, mas o número é maior. Além desses, temos os que estão em abrigos para humanos. É um número muito alto”, explica.
O Grad já prestava apoio à Prefeitura de Canoas, a partir de uma parceria com a Secretaria de Bem-Estar Animal. A contribuição ajudou a instalar uma estrutura de abrigamento para mil animais. Foram montados nove contêineres, três tendas e 100 baias para atender os animais resgatados da enchente. A previsão de duração do projeto nesta secretaria é de 90 dias.
“A parceria com o Bem-Estar Animal tem fluido muito bem”, comenta Carla Sássi.
Maior centro de acolhimento do Município
Acompanhado do vice-governador Gabriel Souza e do prefeito Jairo Jorge, Leite agradeceu à Ulbra pelo trabalho de acolhimento de pessoas desabrigadas pela enchente em Canoas e em outros municípios da Região Metropolitana. O reitor da Ulbra, Thomas Heimann, acompanhou a assinatura do termo.
Mais de 6 mil pessoas seguem abrigadas nos prédios da universidade. A previsão é de que a reitoria e a Prefeitura trabalhem em conjunto para realocar a população alojada provisoriamente no campus, para locais mais adequados à moradia.