INOVAÇÃO

Educação e tecnologia andam juntas para ajudar no desenvolvimento em Canoas

Aulas do programa Jovem Tech começam nesta quinta-feira (14) em união entre Prefeitura, UniRitter e empresas do PCI

Publicado em: 14/09/2023 11:20
Última atualização: 18/10/2023 19:05

A partir desta quinta-feira (14), 35 jovens da rede municipal de Educação para Jovens e Adultos (EJA) começam a participar de um programa de extensão fruto da parceria entre a UniRitter, Prefeitura de Canoas e três empresas do Parque Canoas de Inovação (PCI). A seleção foi feita pela Secretaria de Educação (SME), que também será a responsável pelo transporte dos alunos, com idades entre os 15 e 22 anos.

Projeto tem uma tríplice aliança em Canoas Foto: Guilherme Pereira/PMC- Ecom

Conforme o CEO da empresa NOVUS e vice-presidente da Associação das Empresas do Parque Canoas de Inovação (AEPCI), Marcos Dillenburg, o programa terá um investimento inicial de R$ 15 mil. “Nós entramos com o aporte financeiro, a Prefeitura com os alunos e a UniRitter com os recursos humanos, de professores e o espaço para as aulas.” Serão três meses onde os jovens devem frequentar as aulas duas vezes na semana, sempre às quartas e quintas-feiras.

Segundo Dillenburg, o primeiro objetivo do grupo que há cinco anos está no PCI, é a consciência social. “Queremos resgatar esses jovens para a carreira na área de tecnologia. Também tentar levá-los para o mercado de trabalho.” Depois de encerrados os três meses de curso, alguns estágios serão oferecidos para os melhores classificados. “Que eles continuem estudando e o programa seja apenas o começo.”

Mundo digital

Os alunos selecionados pela SME vão passar por aulas sobre tecnologia, comportamento, carreira e programação. “Eles serão apresentados ao mundo digital.” Os 35 jovens fazem parte da primeira turma de Canoas no programa de extensão. De acordo com o professor da UniRitter e responsável pelo projeto, Leonardo Albernaz Amaral, outras unidades da universidade já fazem parte do Jovem Tech há pelo menos um ano e meio.

Amaral explica que a finalidade da proposta é “plantar uma semente” na cabeça dos estudantes. “Mostramos as trilhas de conhecimento. Primeiro explicando o que é. Depois partimos para a parte lógica e no fim, a programação. Claro, em três meses é algo básico, no entanto, em 2024 teremos uma segunda fase.”

Na sequência do programa, os formandos poderão se aprofundar nos temas, colocando em prática o que aprenderam no período inicial.

Identificação de talentos

"Queremos potencializar o ensino na cidade. Identificar talentos para o mercado de tecnologia", reitera Amaral.
Para isso foi criada a tríplice aliança, entre Prefeitura, UniRitter e o Parque. "Os esforços são conjuntos, precisamos de alimentação, transporte e uniformes para os alunos. Isso só está sendo possível graças à parceria", comemora o professor.


Dificuldades em desenvolver o PCI

Vice-presidente da AEPCI, Dillenburg citou as dificuldades em desenvolver o PCI. “Em cinco anos temos três empresas, parece que não há o interesse do poder público em atrair mais companhias. Nossa estrutura comporta mais de 100 empresas. Atualmente geramos 500 empregos, impostos e os salários não baixam de R$ 2,5 mil.”

O empresário usa o exemplo de Gravataí, com a recente inauguração do PradoTech. “Gravataí já passou na nossa frente, mesmo que o PCI já esteja há mais tempo no mercado.”

 

 

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