Polícia
"Deveriam ter visto isso no início", diz delegado sobre servidor público de Canoas que usava diploma falso
Servidor causou prejuízo de R$ 390 mil em instituto de previdência
Última atualização: 16/07/2024 15:44
Uma denúncia que partiu do próprio Instituto de Previdência e Assistência dos Servidores Municipais de Canoas (Canoasprev) levou à identificação de um servidor que trabalhava fazendo uso de um diploma falso para ganhar mais.
A Operação Falso Grau deflagrada na manhã desta terça-feira (16) pela 1ª Delegacia de Combate à Corrupção (1ª Decor), garantiu a apreensão de carros e o bloqueio de contas bancárias do suspeito.
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Segundo o delegado Max Otto, o indivíduo, que não teve o nome e o cargo revelado, é investigado pelos crimes de peculato, falsidade ideológica e uso de documento falso em órgão público.
O delegado explica que, após esta primeira etapa da ação, a Polícia Civil vai atrás dos responsáveis por criar o diploma falso de Jornalismo da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ), que acabou sendo apresentado pelo servidor.
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“A denúncia partiu do próprio Canoasprev, mas deveriam ter visto isso desde o início”, avalia. “Vamos averiguar a partir de agora de onde saiu esse diploma usado pelo suspeito no serviço público.”
O objetivo da prática irregular, conforme Otto, era faturar mais por conta da Função Gratificada. O servidor teria recebido irregularmente quase R$ 400 mil (sem correção) a mais do que faria jus sem a titulação superior.
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Concursado em 2013, ele teria apresentado um diploma datado do dia 22 de dezembro de 2006, porém, a própria universidade desconhece o título, conforme apontou a apuração. “Ele nunca se formou em curso superior”, conclui o delegado.
Processo administrativo aberto
O Canoasprev se manifestou com relação à operação policial executada pela Polícia Civil e encaminhou uma nota oficial se posicionando sobre o assunto no final da manhã desta terça-feira.
Em relação ao diploma falso, o Canoasprev “informa que há um processo administrativo disciplinar em andamento, aberto no dia 26 de março de 2024, momento em que foi recebida a denúncia”.
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Por conta do estado de calamidade pública, decretado devido às cheias, o prazo para finalização do processo foi prorrogado, defende a nota, concluída com a garantia de que o processo continua.
Caso seja constatada alguma irregularidade, serão seguidas as determinações que constam no estatuto dos servidores públicos e o profissional pode ser afastado. “O Canoasprev reforça o seu compromisso com a transparência e está à disposição das autoridades para elucidar os fatos”, conclui a nota.