A Prefeitura de Canoas deu início, na manhã desta segunda-feira (20), ao trabalho de limpeza e recolhimento de entulhos deixado pela inundação em três bairros de Canoas: Fátima, São Luís e Mato Grande.
Foto: MINISTÉRIO DA SAÚDE
No bairro Fátima, logo no início da manhã, enquanto a parte da população que vive na área onde baixou a água trabalhava, um carro de som da Prefeitura de Canoas passava avisando: “Cuidado com os animais peçonhentos”.
A preocupação é grande porque o risco existe, segundo a Secretaria Estadual de Saúde, que emitiu um alerta informando que o retorno da população a áreas inundadas aumenta o risco de contato com aranhas, escorpiões e serpentes.
“As autoridades devem ficar alerta para o aumento na ocorrência de acidentes com animais peçonhentos, em função de deslocamentos dos habitats naturais destes animais, provocados pelas inundações”, informou a nota do Estado.
Não à toa, Paulo Ristow, 44 anos, estava tirando o lixo de casa com um grosso par de luvas que comprou em uma ferragem, visando se proteger de qualquer tipo de picada ao manusear o material.
“Não dá para ficar de mãos limpas mexendo em armários e roupeiros”, disse o operador de empilhadeira. “Pode ter entrado uma cobra e não ter saído. Imagina, no meio de todo esse caos, ser picado?”, argumenta.
Vigia de um condomínio no Fátima, Clóvis Santana, 51 anos, caminhava pela água, na manhã desta segunda-feira, quando observou uma cobra se deslocando em direção ao asfalto em frente ao condomínio.
“A água baixou e a bicharada está fugindo”, conta. “Tomei um susto porque pisei em uma poça e o bicho saiu rastejando ao ladinho do meu pé. Cheguei a dar um pulo com o susto”.
Segurança
Segundo a Prefeitura de Canoas, após o período de cheias, é comum os animais peçonhentos invadirem residências em busca de abrigos e lugares secos, caso ainda não tenham conseguido voltar para o próprio habitat.
A orientação, portanto, é estar atento e vasculhar com cuidados armários, bater colchões, sacudir cuidadosamente as roupas e sapatos. Além disso, usar luvas, botas e calças compridas.
E o mais importante é nunca colocar as mãos em buracos ou frestas, preferindo usar ferramentas como enxadas, cabos de vassoura ou pedaços compridos de madeira para mexer nos móveis.
Caso encontre, ou for atacado por um animal peçonhento, a pessoa pode ligar para (51) 3429-2924 ou (51) 3427-1169. Também pode contatar a Defesa Civil pelo número (51) 3476-3400 ou o Corpo de Bombeiros no 193.
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