Ensino
Cpers aponta problemas de infraestrutura e falta de funcionários na retomada estadual
Começo do ano letivo tem faltas pontuais de professores em Canoas, segundo o 20º Núcleo do Cpers que atua na cidade
Última atualização: 25/01/2024 09:11
A quinta-feira (23) marcou o primeiro dia de volta às aulas na rede estadual de ensino, que se inicia com quadro incompleto de professores em algumas instituições de ensino. Ao Grupo Sinos, direções de escolas da região informaram que já pediram e aguardam retorno da Secretaria Estadual da Educação (Seduc) para reposição.
A Pasta anunciou na véspera do retorno que não faltariam professores de modo generalizado, mas admitiu que poderiam ter casos pontuais no início das aulas por conta de aposentadorias, licenças e convocações para regime de 40 horas nos municípios.
A Seduc informou na quinta que as solicitações são atendidas imediatamente por meio de novas contratações emergenciais e pela ampliação de carga horária dos docentes. De acordo com a secretaria, em janeiro foi lançado o edital do Banco de Cadastro Temporário para professores e profissionais da área da Educação. A seleção, realizada em janeiro, é válida por três anos. "Os docentes estão sendo chamados conforme as necessidades de cada escola", esclarece a Seduc, comandada por Raquel Teixeira.
Conforme o Cpers/Sindicato, no dia 16 de fevereiro foi lançado um formulário para as instituições relatarem a real situação da rede estadual de ensino, e os resultados parciais indicam a falta. Das 158 escolas que já responderam ao chamado, foi registrada a falta de quase 300 profissionais, entre eles, 88 professores, 128 funcionários de escola e 80 especialistas. A Seduc não confirma esse número.
Vice-presidente do Cpers, Alex Saratt salienta que a amostragem chega a menos de 10%. "É preciso que haja agilidade do governo." No dia 1º de março, o Cpers terá audiência com a secretária Raquel. "Vamos expor os dados do nosso questionário."
Problemas pontuais
Em Canoas, 36 escolas da rede estadual de ensino voltaram. Entre os principais desafios apontados pelo Cpers para o ano letivo estão questões relacionadas à infraestrutura dos colégios e déficit de funcionários em setores como cozinha e limpeza.
“A Escola Miguel Lampert, por exemplo, enfrenta problemas de ordem estrutural, a rede elétrica é velha, o telhado precisa de reforma. Recebemos relatos de outra escola em Canoas que está com apenas três merendeiras para atender cerca de 1.500 alunos distribuídos em três turnos”, afirma a diretorageral do 20o Núcleo do Cpers, Iara Anziliero.
No colégio Jussara Maria Polidoro, 1,1 mil alunos da 1ª série do ensino fundamental até o 3º ano do ensino médio retornaram sem contratempos. O diretor da escola, Giovani Ivankio, destaca os desafios e as expectativas de alunos e professores para o ano letivo.
“A aprendizagem é o pilar de tudo, nosso foco está direcionado para que os estudantes avancem nos conteúdos da grade curricular. O nosso objetivo é retomar o patamar de índices satisfatórios de aprendizado”,finaliza.