Salvamento
Corpo de Bombeiros resgata trabalhador preso em andaime, há 15 metros de altura, em Canoas
"Em 12 anos serviços, eu nunca tinha passado por nada parecido com isso", desabafou Marcos Roberto Conceição, 42 anos, logo após chegar ao chão, na manhã desta segunda-feira (6)
Última atualização: 23/01/2024 13:37
O que seria mais um dia de trabalho como qualquer outro, acabou se tornando um resgate tenso a 15 metros de altura para um trabalhador preso a um andaime, na manhã desta segunda-feira (6), em um prédio no bairro Marechal Rondon, em Canoas.
A ocorrência no 8º andar de um edifício da Rua General Salustiano começou por volta de 9h30, quando o andaime onde estava o trabalhador Marcos Roberto Conceição, 42 anos, parou de funcionar em meio a um serviço de manutenção.
"Eu estava instalado uma mão francesa quando o equipamento enguiçou", relatou. "Aí comuniquei o que aconteceu, e precisei esperar pelo resgate. Não tinha como sair da situação sozinho naquela altura".
O Corpo de Bombeiros foi acionado e chegou minutos depois ao local. Diante do defeito no sistema de tração mecânica do andaime, foi necessário montar uma operação de resgate e salvamento nas alturas para garantir a segurança do trabalhador de volta para o solo.
"Como a gente não sabe em que circunstâncias está o equipamento, se o andaime arrisca despencar ou não, é necessário se cercar de todos os procedimentos possíveis para chegar até a vítima e retirá-la sem qualquer risco", explicou o tenente Anderson Rogovschi, do 8º Batalhão de Bombeiro Militar.
Toda a operação, que inclui a descida de um bombeiro até o local onde estava o trabalhador, durou cerca de uma hora e vinte minutos, terminando no resgate sob olhares curiosos de pessoas que passavam pelo local e viam dois caminhões de bombeiros em frente ao prédio.
"Em 12 anos serviços, eu nunca tinha passado por nada parecido com isso", desabafou Conceição. "Foi a espera mais longa da minha vida. Senti que eu estava ali há um dia. Não via a hora de botar os pés no chão".
Vítima sob tensão
De acordo com o tenente Anderson Rogovschi, acidentes como o que aconteceu nesta segunda-feira, são mais comuns do que parece, embora não sejam tantos registros anotados em Canoas.
"As pessoas olham para cima e dizem por que ele não faz assim ou assado", frisa. "Na verdade, seguimos à risca uma série de procedimentos que visam a segurança da vítima e também dos bombeiros. Não havia somente uma vida em risco lá em cima".
Conforme o tenente, no cerne deste tipo de resgate está o medo de altura que a maioria das pessoas tem. Além disso, mesmo profissionais experientes em lidar com a altura costumam mudar de postura ao encarar uma situação de risco.
"Por mais experiente que seja o profissional, ao ser confrontado com uma situação de risco como esta, ele pode ficar tenso e passar a agir diferente, o que leva mais risco à ação", observa. "Então tudo tem que ser pensado e executado com muita cautela".
Neste tipo de operação, aponta Anderson, condições atmosféricas como a temperatura e a força do vento são sempre consideradas.
"A gravidade não dorme e basta uma piscada para que um acidente se torne fatal, então tudo precisa ser calculado".
"Rapel é esporte"
Logo que os bombeiros começaram a operação de salvamento do trabalhador, um incauto morador do bairro Marechal Rondo, passando pelo local, olhou para cima e soltou: "Bah, os bombeiros estão fazendo rapel para pegar o cara". Nada mais errôneo, segundo o tenente.
"Rapel é uma prática esportiva de descida controlada de um declive, que não tem relação com o trabalho de resgate e salvamento executado pelo Corpo de Bombeiros", esclarece Anderson. "Embora um esporte arriscado, o rapel é diversão para os praticantes".
O que seria mais um dia de trabalho como qualquer outro, acabou se tornando um resgate tenso a 15 metros de altura para um trabalhador preso a um andaime, na manhã desta segunda-feira (6), em um prédio no bairro Marechal Rondon, em Canoas.
A ocorrência no 8º andar de um edifício da Rua General Salustiano começou por volta de 9h30, quando o andaime onde estava o trabalhador Marcos Roberto Conceição, 42 anos, parou de funcionar em meio a um serviço de manutenção.
"Eu estava instalado uma mão francesa quando o equipamento enguiçou", relatou. "Aí comuniquei o que aconteceu, e precisei esperar pelo resgate. Não tinha como sair da situação sozinho naquela altura".
O Corpo de Bombeiros foi acionado e chegou minutos depois ao local. Diante do defeito no sistema de tração mecânica do andaime, foi necessário montar uma operação de resgate e salvamento nas alturas para garantir a segurança do trabalhador de volta para o solo.
"Como a gente não sabe em que circunstâncias está o equipamento, se o andaime arrisca despencar ou não, é necessário se cercar de todos os procedimentos possíveis para chegar até a vítima e retirá-la sem qualquer risco", explicou o tenente Anderson Rogovschi, do 8º Batalhão de Bombeiro Militar.
Toda a operação, que inclui a descida de um bombeiro até o local onde estava o trabalhador, durou cerca de uma hora e vinte minutos, terminando no resgate sob olhares curiosos de pessoas que passavam pelo local e viam dois caminhões de bombeiros em frente ao prédio.
"Em 12 anos serviços, eu nunca tinha passado por nada parecido com isso", desabafou Conceição. "Foi a espera mais longa da minha vida. Senti que eu estava ali há um dia. Não via a hora de botar os pés no chão".
Vítima sob tensão
De acordo com o tenente Anderson Rogovschi, acidentes como o que aconteceu nesta segunda-feira, são mais comuns do que parece, embora não sejam tantos registros anotados em Canoas.
"As pessoas olham para cima e dizem por que ele não faz assim ou assado", frisa. "Na verdade, seguimos à risca uma série de procedimentos que visam a segurança da vítima e também dos bombeiros. Não havia somente uma vida em risco lá em cima".
Conforme o tenente, no cerne deste tipo de resgate está o medo de altura que a maioria das pessoas tem. Além disso, mesmo profissionais experientes em lidar com a altura costumam mudar de postura ao encarar uma situação de risco.
"Por mais experiente que seja o profissional, ao ser confrontado com uma situação de risco como esta, ele pode ficar tenso e passar a agir diferente, o que leva mais risco à ação", observa. "Então tudo tem que ser pensado e executado com muita cautela".
Neste tipo de operação, aponta Anderson, condições atmosféricas como a temperatura e a força do vento são sempre consideradas.
"A gravidade não dorme e basta uma piscada para que um acidente se torne fatal, então tudo precisa ser calculado".
"Rapel é esporte"
Logo que os bombeiros começaram a operação de salvamento do trabalhador, um incauto morador do bairro Marechal Rondo, passando pelo local, olhou para cima e soltou: "Bah, os bombeiros estão fazendo rapel para pegar o cara". Nada mais errôneo, segundo o tenente.
"Rapel é uma prática esportiva de descida controlada de um declive, que não tem relação com o trabalho de resgate e salvamento executado pelo Corpo de Bombeiros", esclarece Anderson. "Embora um esporte arriscado, o rapel é diversão para os praticantes".
A ocorrência no 8º andar de um edifício da Rua General Salustiano começou por volta de 9h30, quando o andaime onde estava o trabalhador Marcos Roberto Conceição, 42 anos, parou de funcionar em meio a um serviço de manutenção.