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Meio Ambiente

Comunidade planta árvores nativas em escola no bairro Rio Branco

Ex-alunos e alunos também enterraram uma cápsula do tempo com mensagens para ser aberta em 5 anos

Publicado em: 23/09/2024 às 18h:01 Última atualização: 23/09/2024 às 18h:04
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Muitos abraços, apertos de mão e histórias do tempo de escola. Foi nesse clima que os ex-alunos da década de 1970 se juntaram aos atuais estudantes da Escola Estadual de Ensino Médio Visconde do Rio Branco para fazer um novo plantio de árvores. A ação foi na última quinta-feira (19).

Mudas nativas e pioneiras foram plantadas na escola na quinta-feira (19)



Mudas nativas e pioneiras foram plantadas na escola na quinta-feira (19)

Foto: Nicole Goulart/Especial

Ainda na época que a instituição se chamava Escola de Área Polivalente de Vila Progresso, localizada na Rua Pistóia, 664, o professor de Técnicas Agrícolas, Laerte Rache, 76 anos, organizou o plantio de árvores no terreno. Algumas ainda permanecem – como o pinheiro na entrada. Outras foram podadas por ameaçar a estrutura da escola.

O professor idealizou o projeto em janeiro deste ano e separou 34 mudas de plantas nativas e pioneiras a serem plantadas. “Vocês estão preparados para abrir covas e plantar árvores”, brincou com os alunos logo no início do seu discurso no ginásio.

Mas a brincadeira é séria. Segundo o professor, não é apenas um plantio de árvores no pátio, é uma ação concreta contra as mudanças climáticas. “Vocês estão acompanhando queimadas, desaparecimento do Pantanal, do Cerrado, da Amazônia e dos rios que estão secando. Terminando com as florestas, termina com os rios voadores. A chuva não vem mais para cá”, explicou.

Uma delas é a batinga, que dura 450 anos. “Hoje vai ser plantada uma árvore, uma batinga, tendo em vista a resiliência desses alunos que 50 anos atrás foram meus estudantes”, ressaltou.

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A ex-aluna e pedagoga aposentada Luísa Capilheira, 63 anos, também destacou a importância da atividade para a escola e a comunidade. “O que a gente precisa agora é ação. Essa nova geração precisa fazer, não mais só falar a respeito”, afirmou.

Antes do plantio, a ex-aluna e secretária aposentada, Angélica Fanti, 65, já estava emocionada com a ação. “É uma aula de amizade, companheirismo e de amor pela escola”, definiu. 

Junto com o plantio das árvores, ex-alunos e alunos preencheram uma cápsula do tempo com mensagens sobre o momento presente. A cápsula foi enterrada próxima às árvores e será aberta daqui a 5 anos.

Árvores plantadas na escola

Na quinta-feira, foram plantadas 10 das 34 mudas planejadas pela ação. As outras serão plantadas em data a ser definida. Além da batinga, a ação conta com mudas de araçá, pitanga, pata-de-vaca, guabiroba, aroeira, chal-chal, butiá, caroba, ipê, jacarandá, capororoca, guajuvira, palmeira, manacá-da-serra, araucária e canela. “São árvores nativas e pioneiras. As pioneiras têm a capacidade de regenerar o ambiente”, explicou o professor.

Ex-alunos fazem 50 anos de formatura

Em 2025, os ex-alunos da década de 1970 completam 50 anos de formatura. Eles estudaram no Polivalente durante a 8ª série, quando tinham, em média, 15 anos. A ideia é fazer um baile na própria escola. O grupo vem se reunindo em encontros desde 2022, com direito a camiseta comemorativa. Esse ano, o evento já está marcado para novembro. O plantio das árvores é mais uma das ações dessa turma unida. “A palavra para nós, como ex-alunos, é emoção de estar novamente na escola”, definiu a ex-aluna Luísa Capilheira.

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