Quem passa em frente ao Hospital de Pronto Socorro de Canoas (HPSC) pode observar, logo na fachada, uma montanha de entulhos e o aspecto sujo da casa de saúde que se tornou símbolo da tragédia na cidade. Isso deve mudar nos próximos dias.
Começou, na manhã desta segunda-feira (10), um trabalho especializado de limpeza e higienização que deve mudar a cara do HPS nas próximas semanas, a começar justamente pela fachada.
Conforme o diretor administrativo do HPS, Marcelo Elisio Oliveira, a estimativa é que o trabalho dure, no máximo, 40 dias, garantindo o andamento do processo que será responsável pela retomada da casa de saúde.
Marcelo explica que logo após o trabalho de limpeza terá início o importante trabalho de dedetização e a consequente desinfecção que será acompanhada pela Vigilância Sanitária do Município.
“Em um primeiro momento, apenas retiramos o material para garantir a circulação nas dependências do hospital”, esclarece. “Agora, de fato, começamos a limpeza com uma empresa que tem expertise no assunto”.
A atenção garantida para a fachada do Hospital, na avaliação do diretor técnico, é importante até pelo simbolismo que representa o HPS, já que as imagens da casa de saúde inundada permanecem na memória da população.
“Existe o compromisso de garantir a retomada do HPS quanto antes, mas para que isso aconteça existe um processo que será obedecido”, frisa. “É fundamental mostrarmos que o trabalho está andamento a partir da frente do Hospital”.
Equipamentos
Após a dedetização, terá início o processo de reaparelhamento do HPS. Os equipamentos acabaram destruídos pelo acúmulo de água no local, sendo necessária a reestruturação completa.
“Depois vamos cuidar do recheio do Hospital”, afirma. “Imaginamos que até será possível reaproveitar um armário ou mesa, mas os equipamentos estão inutilizáveis e precisarão ser comprados”.
Suporte
Foi no dia 28 de maio que a ministra da Saúde, Nísia Trindade de Lima, visitou o HPS e observou as condições precárias da unidade em meio a inundação. Isso já serviu para que fosse sinalizada a ajuda do Governo Federal.
“Ainda não temos uma estimativa do aporte, mas sabemos que o Governo Federal, o Estado e o Município são sensíveis da importância da reestruturação do HPS para que a população possa voltar a receber assistência”, salienta.
O dinheiro necessário para reestruturar o hospital também deve ultrapassar os R$ 35 milhões inicialmente previstos, podendo chegar a R$ 40 milhões, já que inclusive a parte elétrica acabou danificada devido à cheia.
“A avaliação da engenharia foi importante porque houve o apontamento da fiação danificada”, esclarece. “Aconteceram curtos-circuitos que danificaram seriamente o cabeamento e a parte interna de toda a fiação”.
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