Operação

Começa a operação para acabar com a presença de usuários de crack no viaduto da Metrovel

Secretaria de Segurança Pública montou estratégia para coibir usuários que estão achacando pessoas na área

Publicado em: 02/01/2024 09:08
Última atualização: 02/01/2024 09:09

O problema da circulação de usuários de crack nas imediações do antigo prédio da Metrovel pode estar com os dias contados. Isso porque a Prefeitura de Canoas já traçou e pôs em execução uma operação visando solucionar com os constantes achaques sofridos por quem passa na área.

Secretaria de Segurança deu início à estratégia para acabar com a movimentação de usuários de crack na área Foto: PAULO PIRES/GES
Segundo a Secretaria Municipal de Segurança Pública, foi dado início a uma operação para inicialmente coibir os homens que ficam em frente ao prédio, debaixo do viaduto ou mesmo próximo à parada de ônibus achacando quem passa para conseguir algum dinheiro.

“Todos os dias vão haver ações de polícia no local, de modo a abordá-los e saber o que estão fazendo. Nós vamos bater diariamente para coibir a circulação na área”, explica o secretário Marcelo Pitta.

Na avaliação do experiente oficial da Brigada Militar, é preciso saber quem são as pessoas que andam achacando no local. Isso porque pode haver o risco de haver um foragido do sistema penal entre eles.

“Em primeiro lugar precisamos saber quem são estas pessoas. Queremos a identificação de cada um. Saber se tem alguma passagem pela polícia. De onde são e o que faziam antes e por que estão no local”, explica.

Conforme o secretário, é importante que a população auxilie a força-tarefa de modo a não fornecer dinheiro às pessoas que circulam pelo local. Isso porque acaba funcionando como incentivo.

“Fica a advertência para que as pessoas não doem dinheiro no local. Porque eles não vão comprar comida. Eles comprar drogas e bebidas alcoólicas. O dinheiro vai alimentar o vício. Porque eles acabam juntando 30 ou 40 reais e compram pedras de crack”, explica.

A dependência em crack pode ser observada devido às características visíveis nas pessoas vistas achacando ou limpando para-brisas, esclarece Pitta.

“Eles têm as pontas dos dedos pretas devido às queimaduras do cachimbo”, frisa. “Eu sei que as pessoas ficam com pena e querem ajudar, mas dar dinheiro só atrapalha. As pessoas acabam alimentando esse círculo vicioso”.

Identificação

O trabalho da Guarda Municipal incluiu um levantamento por meio de fotografias de quem circula na área. Graças a isso, o secretário aponta que há certeza que não se tratam das mesmas pessoas que circulam pelo local diariamente.

“Há uma certa rotatividade”, avalia. “E isso acaba levando à questão social também. A pandemia afetou milhões de pessoas. Muitas acabaram inclusive saindo de casa e terminando na mendicância. Se esse é o caso de alguém que está ali, vamos tentar ajudar por meio de auxílio de um programa social ou quem sabe um emprego”.

Prédio vizinho

Além do prédio da antiga Metrovel, está na mira da Guarda também o imóvel ao lado, que há anos está sendo usado por pessoas em situação de rua como abrigo. A ideia da Secretaria de Segurança é também evacuar a área.

“A maioria não está mais vivendo no antigo prédio da Metrovel, porque já chamaram muita atenção. Eles estão morando em um terreno ao lado. São vistos somente entrando e saindo pelo prédio da Metrovel”.

Tanto o proprietário do terreno onde ficava a Metrovel quanto os responsáveis pelo terreno ao lado já foram notificados pelas autoridades para garantir a limpeza completa da área, informa Pitta.

“Estamos tomando todas as providências necessárias e esperamos terminar com o problema o mais breve possível”, avisa.

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