Três meses após a enchente que devastou o lado oeste de Canoas, 13 das Unidades de Saúde atingidas seguem fechadas na cidade. Há três Unidades de Pronto Atendimento (UPA) em processo de reforma.
Foto: Paulo Pires/GES
Os Hospitais de Campanha da Força Aérea Brasileira (FAB), ao lado da Base Aérea de Canoas, e da Força Nacional do SUS, que funcionava no Hangar Cultural do bairro Guajuviras, encerraram as atividades no início desta semana. Agora, os atendimentos ficam centralizados no Hospital de Campanha ao lado do Hospital Nossa Senhora das Graças.
A secretária adjunta de Saúde em Canoas, Daniela Oliveira, explica que esse movimento já era esperado. “A previsão era que os hospitais de campanha funcionassem durante 90 dias. Como a demanda diminuiu bastante, essas unidades foram desmobilizadas”, afirma.
“Havia uma demanda grande porque muitas pessoas estavam nos bairros Guajuviras, Olaria e Estância Velha. Com a volta para os bairros, a necessidade nesses lugares diminuiu”, comenta.
Agora, a população do lado oeste da cidade pode buscar atendimento médico em três UPAs: a Boqueirão, a Niterói, e a Mathias Velho – que foi temporariamente realocada. Na UPA Boqueirão, a tenda de atendimentos que recebia pessoas com dengue foi reorganizada para receber demandas de saúde pós-catástrofe.
Além disso, o Hospital Nossa Senhora das Graças segue atuando com apoio da estrutura de um Hospital de Campanha da FAB. A unidade recebe casos de baixa ou média complexidade. Pensando na desmobilização do hospital, parte da emergência do Graças foi reformada para absorver a demanda que vem sendo atendida pelo Hospital de Campanha, que atende de 100 a 130 casos diários.
O Hospital de Campanha ao lado do Graças funciona das 8 às 18 horas, diariamente. “Ainda não há data para encerramento desse hospital de campanha, mas com o HPS funcionamento dentro do Graças, a demanda multiplicou. Vamos tentar organizar uma farmácia satélite no Graças, para que as pessoas sigam saindo do atendimento já com a medicação, como acontece agora no hospital de campanha”.
Há outras oito estruturas provisórias para atendimento em saúde a parte oeste de Canoas.
UPA Caçapava foi realocada
A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Dick Liberty (Caçapava), que era referência para os moradores do bairro Mathias Velho, passou a funcionar na estrutura do Serviço de Atendimento Especializado (rua Brasil, 438) após a enchente que atingiu o lado oeste de Canoas.
“No começo, tivemos um pouco de dificuldade para ajudar a população a se localizar. Ajustamos isso e, no mês de julho, tivemos um crescimento exponencial de atendimentos”, conta a responsável técnica de enfermagem da unidade, Eduarda Cantele. Até o dia 30 de julho, 3.979 atendimentos foram realizados na unidade.
A população pode buscar atendimento no local em casos de média a grave complexidade. Na UPA, profissionais de saúde estabilizam os pacientes para que ganhem alta ou sejam encaminhados para o hospital de referência.
“A Unidade de Saúde é o ponto de referência em casos crônicos, como consultas de rotina, troca de medicação”, explica a enfermeira.
A supervisora Renata Pereira acompanhou a avó em atendimento no ponto provisório da UPA Caçapava. “Fiquei sabendo pelas redes sociais que a UPA estava aqui. A UPA Mathias Velho era ponto de referência da vó”, conta.
Confira os endereços dos pontos provisórios de atendimento
Praça Cônego Lotário Steffens
Rua José de Alencar, 414, Rio Branco
CTG Piazitos do Sul
Rua Cairu, 1780, Fátima
EMEF Max Adolfo Oderich
Rua Professora Dona Sara, 100, Harmonia
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Igreja Evangélica Pentecostal Cristã
Rua São João Batista, 1570, Harmonia
Estacionamento do Hospital de Pronto Socorro (HPS)
Rua Florianópolis, 1686, Mathias Velho
Ao lado da Unidade de Saúde União
Rua São Borja, 595, Mathias Velho
EMEF Thiago Würth
Av. Rio Grande do Sul, 4240, Mathias Velho
ATAPEC
Rua Mal. Mallet, 103, Harmonia