Educação
Colégio Tereza Francescutti necessita de reformas e só será reaberto no ano que vem
Conforme a 27ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), obras começam em 2025; estudantes recebem aulas na Escola São Francisco de Assis
Última atualização: 30/08/2024 13:50
Atendendo a quase mil alunos, do 1º ano do Ensino Fundamental, Ensino Médio e do programa Educação de Jovens e Adultos (EJA), o Colégio Estadual Tereza Francescutti sofreu um duro golpe.
As cheias de maio abalaram a estrutura de uma das mais populares instituições do bairro Mathias Velho. Desde então, não foi possível retomar o ensino presencial em sala de aula.
Responsável pela Conforme a 27ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), Mara Maria Valandro aponta que houve uma avaliação criteriosa da instituição logo após o recuo da água durante o mês de junho.
“Descobrimos que a estrutura da escola havia sido seriamente abalada”, explica. “Não há condições de segurança para que os estudantes retomem as aulas presenciais”.
Segundo Mara, por ser uma instituição que atende a um grande número de alunos, é compreensível a ansiedade por um retorno imediato, no entanto, somente após reformas a Tereza Francescutti voltará a funcionar.
A previsão é que as obras comecem em janeiro ou fevereiro de 2025. Até lá, os estudantes estão sendo organizados para retomar o ensino na Escola São Francisco de Assis, que fica próxima ao endereço.
“É importante que fique claro que a Tereza Francescutti não irá fechar e será retomada, mas não agora”, defende. “Já começamos a remanejar os estudantes da noite para garantir aulas no São Francisco até que tudo esteja pronto”.
Assim, o Colégio Tereza Francescutti, a partir de agora, passa a funcionar no São Francisco, com os estudantes, se não dividindo espaço, ao menos convivendo pelo bem do ensino.
“Estamos promovendo a mudança e garantindo que cada aluno do Tereza seja acolhido no São Francisco”, esclarece. “A ideia é não colocar os alunos em turmas iguais até porque não queremos eliminar postos de trabalho em Canoas”.
Contato com pais e responsáveis
Diretora do Colégio Tereza Francescutti, Maola Vargas Raschcowetzki aponta que além da comunidade inteira atingida pelas inundações no bairro Mathias Velho, 90% dos professores sofreram com a tragédia.
“Quase todos os nossos professores moram no lado oeste da cidade e o sentimento ainda é grande com a tragédia que aconteceu”, diz. “Entendemos a apreensão da comunidade, mas tudo está sendo feito”.
A diretora estava na escola, na manhã desta sexta-feira (30), passando atividades impressas para aqueles estudantes que permanecem em casa e não conseguiram acesso on-line para cumprir tarefas.
“O nosso contato com os pais e responsáveis é permanente e ninguém está escondendo nada”, afirma. “Em uma situação normal, estaríamos com aulas e planejando o final do ano letivo, mas o que aconteceu foi traumático e segue causando impacto no ensino”.
Um abraço
Mãe de uma estudante do 3º ano, Alice Campelo ouviu falar a respeito de manifestações para exigir o retorno das aulas na instituição.
“A gente recém está se organizando desde que voltou para casa”, conta. “Eu sei que a escola é muito importante, mas entendi que não dá para botar as crianças para dentro do jeito que está”.
Localizado na Avenida Rio Grande do Sul 3.430, no bairro Mathias Velho, o Colégio Estadual Tereza Francescutti está prestes a completar 57 anos. A instituição, portanto, garantiu a formação de gerações.
Marisa Flores Rodrigues tem uma neta na instituição após ter observado a filha estudar e se formar lá. Pensa que o ideal seria criar um abraço para conscientizar a importância da escola.
“Estamos esperando a reconstrução e vamos acertar um dia para um grande abraço na escola, que é mais certo”, diz.