O Intitulado Recomeço, o primeiro Centro Humanitário de Acolhimento (CHA) de Canoas, localizado próximo à Refap, foi inaugurado nesta quinta-feira (4). O espaço foi aberto em cerimônia com a presença do governador Eduardo Leite, do vice-governador e coordenador do projeto, Gabriel Souza. Também estão presentes secretários de Estado, o prefeito de Canoas, Jairo Jorge, e representantes das entidades parceiras e das empresas doadoras.
Durante a manhã, o espaço com 126 unidades habitacionais fornecidas pela Agência da ONU para Refugiados (Acnur) recebeu as primeiras famílias desalojadas pela enchente de maio. Seriam 200 unidades, mas a demanda diminuiu.
“Estamos felizes em fazer em tempo recorde a montagem desta estrutura que acolherá a população de forma digna. Pessoas que estavam dormindo em colchões no chão, a partir de agora dormirão em camas novamente”, enfatizou o vice-governador.
O governador Eduardo Leite reforçou o compromisso de busca por lares definitivos. “Não estamos conformados. Não vamos descansar enquanto não tivermos lares definitivos para quem perdeu. Nossa meta é que aqui seja um lugar temporário pelo menor tempo possível”, ressaltou.
Como vai funcionar
Conforme o secretário de Apoio à Reconstrução de Canoas, Roberto Tejadas, nesta primeira etapa, cerca de 300 pessoas serão acomodadas no espaço.
“No total serão 650 pessoas. Se houver a necessidade de mais, faremos uma segunda fase”, explica. “No segundo Centro, a capacidade é de 800 pessoas. A expectativa de abertura segue até a primeira quinzena do mês”, diz sobre a unidade no Centro Olímpico Municipal.
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Responsável pela seleção das famílias, o Centro de Referência Especializado de Assistência Social de Canoas realiza a avaliação e triagem dos munícipes afetados para acomodação no Centro.
“São pessoas que estão em abrigos institucionais e em abrigos voluntários. Além de pessoas em casas de parentes e amigos porque a casa não possui mais condições de habitação”, enfatiza Tejadas.
A seleção foi feita por meio de um questionário elaborado pelo governo do Estado, com a adição de algumas questões da Prefeitura, que levaram em consideração critérios para garantir o acolhimento dos mais vulneráveis.
“Os grupos prioritários são aqueles que estejam em maior vulnerabilidade e sem possibilidade de retorno à sua casa”, finaliza o secretário.
O processo de seleção passa pela avaliação de uma equipe social, conforme a demanda existente, priorizando aqueles que seguem em situação de abrigo e tiveram suas casas condenadas, sem condições de moradia.
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