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SÓ SUCESSO!

Ciclista do som alto já se tornou popular por circular pelas ruas de Canoas

Aos 42 anos, Carlos Alexandre Silva Moraes conta que começou a escutar música à toda altura desde a morte da mãe. "Eu quero me distrair e não pensar na saudade que sinto dela"

Publicado em: 23/05/2023 às 15h:11
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“Fio de Cabelo”, da dupla Chitãozinho e Xororó; “Entre Tapas e Beijos”, de Leandro & Leonardo; “É o Amor”, de Zezé Di Camargo & Luciano. “Garçom”, de Reginaldo Rossi; “Eu nãosou cachorro não”, de Waldick Soriano”; e “Escrito Nas Estrelas — Tetê Espíndola”. O que essas músicas têm em comum?

Alexandre Moraes já perdeu as contas de quantas ouviu xingamentos em Canoas



Alexandre Moraes já perdeu as contas de quantas ouviu xingamentos em Canoas

Foto: PAULO PIRES/GES

Além de serem todas ligadas a vertente classificada por crític Jeison Silva os de plantão como a mais brega da música popular brasileira, todas estão na playlist do “ciclista do som alto”, figura já popular que circula pelas ruas e avenidas de Canoas com uma caixa de som à toda altura.

O ciclista em questão chama-se Carlos Alexandre Silva Moraes. Aos 42 anos, ele comenta que começou a circular de magrela ouvindo música há cinco anos, quando a mãe morreu. Desde então, sai da casa em que vive com o irmão, no bairro Harmonia, ouvindo música.

“Eu quero me distrair e não pensar na saudade que sinto dela”, se emociona ao dizer.

A ordem das músicas, ele afirma, é aleatória, mas todas falam com o coração de diferentes maneiras, seja um sertanejo, pagode ou mesmo uma lambada que entra na trilha.

“Não tem ordem em particular. Pego a minha caixa de som e ligo bem alta. O que importa é o que eu sinto”, diz.

Pedradas

Alexandre diz viver de bico. Faz um servicinho aqui e outro ali e, no meio tempo, roda muito de bicicleta, razão pelo qual é bastante conhecido em diferentes pontos da cidade.

Infelizmente, nem todo mundo gosta ou acha graça em vê-lo pedalando ao som de sucessos dos anos 80 e 90. Ele relata que algumas pessoas mais irritadas já tentaram derrubá-lo da bicicleta e outras apenas jogam pedras.

“O pessoal me chama de doido, sem noção e de outras coisas ruins”, desabafa. “Já tentaram me derrubar da bicicleta e jogaram pedras na minha caixa mais de uma vez”.

Mesmo assim, o ciclista afirma que não desiste e vai continuar pedalando enquanto tiver forças.
“Eu só quero escutar a minha música e ser feliz”.

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