Perigo
Chegada do frio aumenta o uso de aparelhos elétricos e o risco de acidentes em casa
Segundo profissionais do setor, são necessários cuidados para evitar problemas. Trabalhando há 35 anos no conserto de aparelhos em Canoas, Vanderlei Viana chega a receber três secadores de cabelo por dia em Canoas. Não dá para ligar o secador e a chapinha com um 'T' na tomada, ele avisa
Última atualização: 06/03/2024 10:06
É algo comum durante a época: a queda da temperatura faz com que cresça o uso de aquecedores, lençóis térmicos, secadores de cabelo, entre outros aparelhos. Esses equipamentos domésticos, se mal utilizados, podem levar a acidentes domésticos e até ao risco de incêndio.A Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade (Abracopel) aponta que o risco chega a aumentar em até 20% durante o período de outono, tornando-se mais grave no inverno, quando o uso de aquecedores em instalações inapropriadas cresce devido ao frio.
Sócio-proprietário da Casa do Eletricista em Canoas, Kelvin Reis aponta que o movimento na loja já aumentou significativamente, com a clientela procurando produtos como aquecedores, chuveiros, torneiras elétricas, etc.
"Acontece sempre nesta época do ano", afirma. "É quando as pessoas imaginam que podem deixar o quarto mais quente ou colocar uma torneira elétrica na pia, mas sem considerar a instalação elétrica em casa. Pensam que é só colocar na tomada e ligar".
O proprietário conta que os funcionários inclusive estão orientados a questionar os clientes quando compram uma régua para várias conexões de tomadas.
"Na compra de extensões ou réguas, a gente costuma questionar o cliente para saber qual será a utilização. Porque uma régua não serve para ligação de todos os equipamentos", frisa.
Conforme o engenheiro Walter Cabreira, os problemas acontecem O problema é que alguns acreditam que não precisam de orientações porque o vizinho ou um parente "disse".
"Qualquer equipamento que lida com resistência, que aquece durante o processo, exige uma análise mais cuidadosa sobre a bitola do fio ou a tomada em que será ligado", explica.
Experiência
Há 35 anos trabalhando na assistência técnica de eletrodomésticos em Canoas, Vanderlei Viana costuma receber até três secadores de cabelo por dia devido à exigência que equipamentos têm no período.
"No verão a exigência de secador é menor, mas começa a esfriar e os equipamentos são muito usados. Como ninguém tem o costume de limpar, queimam. É preciso limpar a tela atrás do aparelho para funcionar bem".
Sobre acidentes, o veterano de 58 anos diz que costuma ouvir de algumas clientes no balcão da oficina que colocam o secador de cabelo e a chapinha em um mesmo em uma mesma tomada por meio de um T.
"O acidente é inevitável, porque esquenta muito e sobrecarrega o dispositivo", observa. "Em geral, a gente consegue consertar qualquer equipamento que chega, mas chegam aqui cabos e pinos derretidos".
Prejuízo
Ana Lúcia Fraga acabou ficando somente com o prejuízo no inverno passado, quando decidiu instalar um aquecedor no quarto. Acontece que a antiga instalação elétrica da casa não suportava as condições necessárias para a alimentação do aparelho. "Pegou fogo e tive que correr no meio da noite para chamar os vizinho para me ajudar", conta. "Depois os bombeiros vieram e disseram que esquentou demais o aparelho. Foi um susto muito grande", lembra a professora de 44 anos. Desde o acidente, investiu na melhoria da instalação e também em um ar-condicionado seguindo todas as normas técnicas necessárias. "Nunca mais quero acordar com o quarto pegando fogo no meio da noite".
É algo comum durante a época: a queda da temperatura faz com que cresça o uso de aquecedores, lençóis térmicos, secadores de cabelo, entre outros aparelhos. Esses equipamentos domésticos, se mal utilizados, podem levar a acidentes domésticos e até ao risco de incêndio.A Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade (Abracopel) aponta que o risco chega a aumentar em até 20% durante o período de outono, tornando-se mais grave no inverno, quando o uso de aquecedores em instalações inapropriadas cresce devido ao frio.
Sócio-proprietário da Casa do Eletricista em Canoas, Kelvin Reis aponta que o movimento na loja já aumentou significativamente, com a clientela procurando produtos como aquecedores, chuveiros, torneiras elétricas, etc.
"Acontece sempre nesta época do ano", afirma. "É quando as pessoas imaginam que podem deixar o quarto mais quente ou colocar uma torneira elétrica na pia, mas sem considerar a instalação elétrica em casa. Pensam que é só colocar na tomada e ligar".
O proprietário conta que os funcionários inclusive estão orientados a questionar os clientes quando compram uma régua para várias conexões de tomadas.
"Na compra de extensões ou réguas, a gente costuma questionar o cliente para saber qual será a utilização. Porque uma régua não serve para ligação de todos os equipamentos", frisa.
Conforme o engenheiro Walter Cabreira, os problemas acontecem O problema é que alguns acreditam que não precisam de orientações porque o vizinho ou um parente "disse".
"Qualquer equipamento que lida com resistência, que aquece durante o processo, exige uma análise mais cuidadosa sobre a bitola do fio ou a tomada em que será ligado", explica.
Experiência
Há 35 anos trabalhando na assistência técnica de eletrodomésticos em Canoas, Vanderlei Viana costuma receber até três secadores de cabelo por dia devido à exigência que equipamentos têm no período.
"No verão a exigência de secador é menor, mas começa a esfriar e os equipamentos são muito usados. Como ninguém tem o costume de limpar, queimam. É preciso limpar a tela atrás do aparelho para funcionar bem".
Sobre acidentes, o veterano de 58 anos diz que costuma ouvir de algumas clientes no balcão da oficina que colocam o secador de cabelo e a chapinha em um mesmo em uma mesma tomada por meio de um T.
"O acidente é inevitável, porque esquenta muito e sobrecarrega o dispositivo", observa. "Em geral, a gente consegue consertar qualquer equipamento que chega, mas chegam aqui cabos e pinos derretidos".
Prejuízo
Ana Lúcia Fraga acabou ficando somente com o prejuízo no inverno passado, quando decidiu instalar um aquecedor no quarto. Acontece que a antiga instalação elétrica da casa não suportava as condições necessárias para a alimentação do aparelho. "Pegou fogo e tive que correr no meio da noite para chamar os vizinho para me ajudar", conta. "Depois os bombeiros vieram e disseram que esquentou demais o aparelho. Foi um susto muito grande", lembra a professora de 44 anos. Desde o acidente, investiu na melhoria da instalação e também em um ar-condicionado seguindo todas as normas técnicas necessárias. "Nunca mais quero acordar com o quarto pegando fogo no meio da noite".
Sócio-proprietário da Casa do Eletricista em Canoas, Kelvin Reis aponta que o movimento na loja já aumentou significativamente, com a clientela procurando produtos como aquecedores, chuveiros, torneiras elétricas, etc.