Embora sem registrar a dimensão de tragédia com vítimas que tomou várias cidades do Estado, Canoas vive o drama de ver água invadir casas e desalojar famílias. Devido ao excesso de chuvas, há casas alagadas em todos os quadrantes.
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Moradora do bairro Mathias Velho, Teresinha Cristina Vaz relata que mora há 32 anos na Rua Dona Isabel, sem nunca, até então, ter visto a água invadir a residência como aconteceu nas últimas horas. “Nunca pensei que iria ter que caminhar dentro de casa com água pelo joelho”, reclama. “A gente batalhou para levantar as coisas em casa, mas não foi o suficiente e água subiu até alcançar os móveis”.
A aposentada de 63 anos diz ser preocupante ver a neta circulando em casa com os pés molhados, já que a água oriunda de um banhado é suja e pode causar problemas para a criança.
“Eu vejo eles dizerem que as casas de bombas estão funcionando, mas não dá para acreditar”, argumenta. “Não tem lugar que a gente circule que não esteja cheio de água empoçada entrando nas casas”.
Segundo a Prefeitura de Canoas, somente o bairro Mathias Velho, acumulou 378,6 milímetros de água durante as últimas horas, o que ocasionou que milhares de residências fossem atingidas.
À frente do Escritório de Resiliência Climática, o secretário José Fortunati aponta que a Prefeitura de Canoas está ciente dos problemas e trabalha para dirimir a situação. “Estamos há cinco dias com chuvas intensas”, disse. “O prefeito Jairo Jorge organizou uma força-tarefa, sob a coordenadoria da Defesa Civil. Então estamos com todas as equipes trabalhando e estamos com as máquinas de bombas funcionando normalmente”, garante.
Conforme Fortunati é preciso compreensão e também cooperação por parte da população, já que o indicativo do Escritório Climático é que o pior está por vir nas próximas horas. “Segundo a Metsul, o pior está por vir, e teremos nas próximas horas um acúmulo de chuvas ainda maior, então toda a cautela diante do quadro é necessária”, adverte.
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