Temporal

Casas destelhadas, árvores caídas e fiação no chão: Canoas amanheceu com prejuízos

Defesa Civil registrou, pelo menos, dez ocorrências devido ao vento de 85 km/h que atingiu a cidade na noite deste domingo (1º)

Publicado em: 02/12/2024 12:53
Última atualização: 02/12/2024 13:01

Canoas voltou a sentir um golpe do tempo na noite deste domingo (1º), quando o temporal atingiu a cidade e ventos de aproximadamente 85 km/h deixaram prejuízos em alguns bairros da cidade.

Airton Amorim começou a segunda-feira (2) juntando cacos de telha no pátio de casa Foto: PAULO PIRES/GES

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Segundo o Escritório de Resiliência Climática e Defesa Civil de Canoas (Eclima), além do vento forte, só entre as 22 horas de domingo e 2 horas desta segunda-feira (2), foram contabilizados mais de 37 milímetros (mm) de chuva.

Os maiores danos, no entanto, se deram por conta do vento, com os bairros Rio Branco, Fátima e Niterói como os mais afetados pelo temporal, concentrando dez ocorrências atendidas pela Defesa Civil.

Ao longo da madrugada, houve casas destelhadas, galhos e árvores caídas, mais a fiação elétrica no chão, conforme apontamento da Defesa Civil. Milhares de canoenses permaneciam sem luz na manhã desta segunda-feira.

Moradora do bairro Fátima, Nádia Machado tomou um susto enorme quando, subitamente, as telhas de zinco saíram voando de casa devido ao vendaval e foram parar no meio da Rua Rui Barbosa.

“Fiquei com medo que a caísse de tanto vento”, lembra a trabalhadora de 55 anos. “Minha casa já estava bem prejudicada desde a última enchente, agora piorou mais sem o telhado”.

Ela buscou abrigo na casa do filho, em Sapucaia do Sul. Ainda traumatizada, diz que retornará somente quando sentir segurança novamente.

“Coloquei as poucas coisas que tinha na casinha dos fundos”, relata. “Vou arrumar a casa e a rede elétrica para poder voltar, porque do jeito que está, não dá. Só desliguei o disjuntor e saí com medo de curto circuito”.

Também morador do bairro Fátima, Airton Amorim também observou as telhas de casa saírem voando em meio a passagem da ventania, sem conseguir fazer nada diante da força da natureza.

“Comecei a ouvir os barulhos, fui ver na janela, eram as telhas voando”, recorda o radialista de 65 anos, que passou a manhã juntando os cacos em frente de casa. “Ainda estou me recuperando das enchentes. Isso só atrapalha mais”.

Chuvarada

Conforme dados do Eclima, o bairro Estância Velha teve o maior volume de chuva no período, com 37,4 mm, seguido do Fátima (36,5), Centro (34,2), Niterói (32,4), Marechal Rondon (31,6), Rio Branco (29,4), Guajuviras (27,9) e Mathias Velho (24,9). A média histórica do mês de dezembro é de 112,1 mm.

Alguns prédios públicos foram impactados com os seus serviços em razão das fortes rajadas de vento. Os Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) Niterói e Mathias Velho ficaram sem energia elétrica e internet. As duas unidades funcionam sem acesso ao Cadastro Único (CadÚnico), apenas orientando à comunidade.

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