Flagrante
Casa na Rua Doutor Barcelos servia de depósito para 170 quilos de maconha para criminosos
Segundo a Polícia Civil, suspeito mantinha uma rotina para tentar não chamar a atenção. Sem um emprego fixo, acabou levantando a suspeita de vizinhos. "Ele transportava as drogas em um Onix como se estivesse levando uma encomenda qualquer", conta o delegado Gabriel Borges
Última atualização: 04/03/2024 16:56
Um trabalho de sete dias de investigação resultou em uma das maiores apreensões do ano de entorpecentes em Canoas. A Polícia Civil apreendeu 170 quilos de maconha em uma casa, localizada na área central, na movimentada Rua Doutor Barcelos, noite desta terça-feira (18).
Foram presos em flagrante um casal que seria responsável pelo depósito, vinculado a facção do Vale dos Sinos, que vem tomando pontos de distribuição na cidade. Ao todo, a Polícia Civil estima que o prejuízo para a organização tenha sido de meio milhão em entorpecentes.
A maconha achada com os suspeitos é conhecida como "Skank" ou "camarão", produzida em abundância no Uruguai e popularmente chamada de "super maconha", devido à altíssima concentração de tetra-hidrocarbinol (THC), canabinoide com propriedades psicotrópicas e alucinógenas, de 4 a 5 vezes mais potente que a maconha comum.
Segundo o delegado Gabriel Borges, responsável pela apuração conduzida pela 3ª Delegacia de Investigação do Narcotráfico (DIN), a denúncia chegou à Polícia Civil após os vizinhos suspeitarem do casal. O homem não teria emprego e fixo e seria visto entrando e saindo do local com pacotes que pareciam encomendas comuns, mas que na realidade eram entorpecentes a serem entregues em diferentes endereços.
"Ele transportava as drogas em um Onix como se estivesse levando uma encomenda qualquer", conta o delegado. "Nosso pessoal levou sete dias monitorando o endereço até flagrá-lo saindo de casa com uma entrega que seria levada a um comprador", explica.
Ao ingressarem na casa, os policiais acharam 170 quilos de maconha, mais 15 comprimidos de ecstasy, e três balanças de precisão, além de telefones celulares, cadernos de anotação do tráfico de drogas, materiais para embalar a droga é uma empacotadora para fechar os pacotes.
"Havia uma pistola 9 milímetros que imaginamos que ele usava como proteção", apontou. "A mulher também acabou presa como cúmplice. Não sabemos desde quando eles estavam operando o esquema, mas é algo que a sequência do inquérito deve apontar com exatidão".
Novo cenário
O flagrante garantido em Canoas faz parte de uma sequência de ataques da Polícia Civil contra uma facção do Vale dos Sinos, que vem gradativamente dominando o tráfico de drogas e entorpecentes na cidade do avião.
Conforme o delegado Gabriel Borges, outras denúncias estão sendo apuradas, mas já é sabido que pontos antes controlados por facções rivais, hoje fazem parte do roteiro de distribuição da organização em Canoas.
"Estamos contando com a colaboração da população, que tem denunciado e apontado endereços considerados suspeitos", esclarece o delegado. "Não há dúvida que o cenário em Canoas mudou e hoje esta organização controla grande parte da ilegalidade que cobre a cidade", avalia.
Um trabalho de sete dias de investigação resultou em uma das maiores apreensões do ano de entorpecentes em Canoas. A Polícia Civil apreendeu 170 quilos de maconha em uma casa, localizada na área central, na movimentada Rua Doutor Barcelos, noite desta terça-feira (18).
Foram presos em flagrante um casal que seria responsável pelo depósito, vinculado a facção do Vale dos Sinos, que vem tomando pontos de distribuição na cidade. Ao todo, a Polícia Civil estima que o prejuízo para a organização tenha sido de meio milhão em entorpecentes.
A maconha achada com os suspeitos é conhecida como "Skank" ou "camarão", produzida em abundância no Uruguai e popularmente chamada de "super maconha", devido à altíssima concentração de tetra-hidrocarbinol (THC), canabinoide com propriedades psicotrópicas e alucinógenas, de 4 a 5 vezes mais potente que a maconha comum.
Segundo o delegado Gabriel Borges, responsável pela apuração conduzida pela 3ª Delegacia de Investigação do Narcotráfico (DIN), a denúncia chegou à Polícia Civil após os vizinhos suspeitarem do casal. O homem não teria emprego e fixo e seria visto entrando e saindo do local com pacotes que pareciam encomendas comuns, mas que na realidade eram entorpecentes a serem entregues em diferentes endereços.
"Ele transportava as drogas em um Onix como se estivesse levando uma encomenda qualquer", conta o delegado. "Nosso pessoal levou sete dias monitorando o endereço até flagrá-lo saindo de casa com uma entrega que seria levada a um comprador", explica.
Ao ingressarem na casa, os policiais acharam 170 quilos de maconha, mais 15 comprimidos de ecstasy, e três balanças de precisão, além de telefones celulares, cadernos de anotação do tráfico de drogas, materiais para embalar a droga é uma empacotadora para fechar os pacotes.
"Havia uma pistola 9 milímetros que imaginamos que ele usava como proteção", apontou. "A mulher também acabou presa como cúmplice. Não sabemos desde quando eles estavam operando o esquema, mas é algo que a sequência do inquérito deve apontar com exatidão".
Novo cenário
O flagrante garantido em Canoas faz parte de uma sequência de ataques da Polícia Civil contra uma facção do Vale dos Sinos, que vem gradativamente dominando o tráfico de drogas e entorpecentes na cidade do avião.
Conforme o delegado Gabriel Borges, outras denúncias estão sendo apuradas, mas já é sabido que pontos antes controlados por facções rivais, hoje fazem parte do roteiro de distribuição da organização em Canoas.
"Estamos contando com a colaboração da população, que tem denunciado e apontado endereços considerados suspeitos", esclarece o delegado. "Não há dúvida que o cenário em Canoas mudou e hoje esta organização controla grande parte da ilegalidade que cobre a cidade", avalia.
Foram presos em flagrante um casal que seria responsável pelo depósito, vinculado a facção do Vale dos Sinos, que vem tomando pontos de distribuição na cidade. Ao todo, a Polícia Civil estima que o prejuízo para a organização tenha sido de meio milhão em entorpecentes.