A população atingida pelas cheias que busca donativos em Canoas tem enfrentado filas para conseguir cestas básicas e produtos de higiene. A Central de Entrega de Doações funciona desde o dia 7 de maio na esquina das Avenidas Getúlio Vargas e Inconfidência, no espaço do antigo Asun. Fichas são distribuídas desde antes do horário de funcionamento, que é das 8 às 22 horas, diariamente.
“Cheguei por volta das 10h, costuma levar mais de 2 horas”, conta a aposentada Marisete da Silveira, moradora do bairro Mathias Velho. Ela aguardava por alimentos e também estava em busca de colchões – que, segundo a Prefeitura, só estão disponíveis no SESI.
Foto: Valentina Bressan/Especial
“Achei demorado. Da última vez foi mais rápido porque as fichas eram ilimitadas, distribuídas o dia inteiro. Agora o pessoal está vindo mais cedo, por isso demora”, disse Paola Couto, moradora do Mathias Velho. Senhas são distribuídas para registrar a ordem de chegada das pessoas. Nesta quinta-feira, a previsão era de entregar 2500 senhas.
Às 11h, mais de 600 senhas já haviam sido distribuídas. Segundo a funcionária da Prefeitura e coordenadora da recepção na Central Rosani Dutra, o número de senhas distribuídas costuma ultrapassar o previsto.
O casal Luis Carlos Conceição e Letícia Renck também relatou ter passado cerca de 2 horas na fila. Moradores do bairro Rio Branco, a casa da família e o consultório de veterinária de Letícia ficaram embaixo d’água. “Da última vez que vim foi mais rápido. Estamos abrigados na Paróquia Santos Dumont. Saímos de casa de caiaque”, conta Luis.
Foto: Valentina Bressan/Especial
Os canoenses podem retirar cestas básicas no local uma vez a cada sete dias. No geral, moradores relataram tempo de espera de cerca de uma hora na fila nesta quinta-feira e mencionam a organização do local. “Essa é minha segunda vez aqui, sou moradora da Machadinho no Rio Branco. Estou tentando voltar para casa, mas ainda não consegui”, disse a nail designer Fabiula Godois.
O tempo de espera varia pois há uma fila preferencial. “A fila preferencial foi rápida, levou 40 minutos. Quando vim pela primeira vez também foi assim”, relata Joyce de Souza, moradora do bairro Mathias Velho que foi à Central de Doações junto do filho. “Está bem organizado. As pessoas ajudam bastante, tomara que essas doações não parem”, afirmou a motorista de aplicativo Sandra Souza.
Os números das fichas são chamados e as pessoas aguardam por uma triagem dentro do espaço da Central. O local tem capacidade para cerca de 400 pessoas por vez.
Foto: Valentina Bressan/Especial
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