No Canoas Shopping, a segunda-feira (10) foi marcada por uma extensa fila de beneficiários do programa estadual SOS Rio Grande do Sul. Centenas de canoenses foram até o local realizar a retirada do cartão com saldo de R$ 2 mil. A ação promovida pela Caixa Econômica Federal continuará nesta terça-feira (11), das 10 às 15 horas, no 2º andar do shopping, localizado na Avenida Guilherme Schell, 6.750.
Foto: Taís Forgearini/GES-Especial
Segundo o banco, quem perder o prazo de retirada do cartão deverá comparecer a partir de quarta-feira (12) na agência da Caixa, localizada na Rua Fioravante Milanez, 147 — Centro, das 10 às 15 horas. O governo do Estado orienta que a população consulte a liberação e disponibilidade do crédito no cartão do benefício, no link https://fpae01.pro.rs.gov.br/auxilio.php?grupo=20. A consulta ocorre por meio do CPF da pessoa cadastrada para receber o SOS Rio Grande do Sul. Somente os titulares podem fazer a retirada dos cartões. Com o cartão em mãos, os beneficiários poderão utilizar o saldo na modalidade débito ou efetuar o saque do dinheiro.
Para a distribuição do benefício, o Departamento de Economia e Estatística (DEE) da Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG) mapeou as famílias por meio de um cruzamento de imagens de satélite de áreas alagadas com geolocalização de pessoas cadastradas no CadÚnico. A renda familiar necessita ser de até três salários mínimo e individual até um salário. Para serem contemplados no programa, os moradores não podem ter recebido o programa Volta por Cima do governo do Estado.
Pessoas que atendem aos critérios e ainda não foram contempladas pelo SOS Rio Grande do Sul devem procurar a Prefeitura de Canoas por meio da Central de Atendimento do Cadastro Único (CadÚnico), localizada na Rua Siqueira Campos, 38, o atendimento ocorre das 8 às 18 horas, todos os dias da semana.
Esperança de um recomeço
Com três filhos, a dona de casa Roseli de Oliveira Pereira, 45, conta que perdeu tudo na enchente. A moradora do bairro Niterói fala sobre o recomeço.
Foto: Taís Forgearini/GES-Especial
“Vim pegar o cartão. Com esse dinheiro poderei começar a mobiliar novamente minha casa. Estou no aguardo da liberação do Auxílio Reconstrução [do Governo Federal] para conseguir comprar mais coisas. Os preços dos móveis e eletrodomésticos estão altos. Toda e qualquer ajuda é bem-vinda”, frisa.
Durante o mês de maio, Roseli e os filhos ficaram em um abrigo no bairro Estância Velha. A família que teve a casa parcialmente submersa conseguiu retornar para a residência após quase 30 dias.
“Voltamos na semana passada para fazer a limpeza. Infelizmente, não deu para salvar nada. Estamos dormindo no chão com colchões doados. Temos que comprar o resto das coisas.”
Início de uma nova jornada
Gilvanea Márcia Roque, 44, aguardou na fila para retirar o cartão, porém, o cadastro dela seguia em análise. “Fui informada de que terei que aguardar o próximo lote. Não sabia que tinha de entrar para verificar se o meu já estava disponível. Se seguir sem resposta, terei que retornar na Central de Atendimento do CadÚnico”, diz a confeiteira.
A canoense aguarda a liberação do benefício para se mudar. “Não sobrou na casa que alugava. Fiz a entrega do imóvel. Espero conseguir o mais rápido possível.”
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