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FESTIVAL NA FRONTEIRA

Canoense apresenta solo de dança nesta quarta-feira no Alegrete

Artista Carini Pereira leva a performance "No escuro eu abro os olhos" para a 26ª edição do Dança Alegre Alegrete

Taís Forgearini
Publicado em: 27/11/2024 às 11h:09 Última atualização: 27/11/2024 às 11h:10
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Tem canoense na Fronteira Oeste. A artista Carini Pereira, 41 anos, apresenta nesta quarta-feira (27) a performance solo de dança “No escuro eu abro os olhos” na 26ª edição do Festival Internacional Dança Alegre Alegrete. A apresentação da diretora do grupo Art&Dança ocorre às 21 horas no palco principal do Largo do Centro Cultual de Alegrete.

Performance de dança "No escuro eu abro os olhos"



Performance de dança “No escuro eu abro os olhos”

Foto: Ales Vieira/Divulgação

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O espetáculo, com duração de aproximadamente 40 minutos, retrata uma figura feminina com vestimentas pretas. Por meio de coreografias de dança, a artista instiga para uma reflexão sobre a opressão feminina, mães solos, privação da liberdade e o luto.

“É uma manifestação artística em apoio as lutas por uma sociedade mais igualitária. No decorrer da apresentação vou incluindo elementos, como pernas de pau e asas de anjo. A escolha da cor preta trabalha a estranheza de um anjo utilizando essa coloração e também trabalha a relação das dores e do luto”, explica Carini.

A subjetividade e a reflexão são componentes de destaque no trabalho da canoense. A escolha do nome “No escuro eu abro os olhos” é um exemplo.

“Quando estamos no escuro conseguimos abrir os olhos. Já quando somos expostos à claridade forte não conseguimos. A ideia é fazer as pessoas pensarem fora da zona de conforto.”

Por meio de elementos cênicos e da sonoridade, a artista ressalta a expectativa para a apresentação em solo alegretense.

“Cada atuação é única e visa desacomodar o público, no sentido de surpreender. A interação com as pessoas que estão assistindo também faz parte, ou seja, é impossível reproduzir a mesma experiência.”

Embora o solo retrate temas considerados mais densos, a indicação é para todas as idades. “É classificação livre. Minha personagem não possui falas, ela se expressa através de movimentos corporais oriundos da trilha sonora composta especialmente para o show.”

Amor pela dança

Influenciada pela mãe, professora de dança, Carini fala sobre os vínculos com a arte e a dança desde a infância.

Carini Pereira é apaixonada pela dança



Carini Pereira é apaixonada pela dança

Foto: Felipe Paes/Divulgação

“O jazz foi a porta de entrada. Depois o hip hop foi outro gênero crucial na minha vida. Fui integrante de um grupo de hip hop de Cachoeirinha. Fiz licenciatura em dança. A dança contemporânea está intrínseca”, frisa.

A artista também destaca a importância da cultura do hip hop.

“Apresentei duas oficinas para alunos do 6º ao 9º do ensino fundamental de Alegrete. Para alguns foi o primeiro contato. Além da história, eles aprenderam passos de dança.”

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