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CATÁSTROFE NO RS

Canoas terá dois Centros Humanitários de Acolhimento para atingidos pela enchente

Estruturas temporárias deverão acomodar cerca de 1.750 pessoas

Taís Forgearini
Publicado em: 04/06/2024 às 18h:05 Última atualização: 04/06/2024 às 18h:09
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A construção de dois Centros Humanitários de Acolhimento (CHAs) em Canoas foi oficializada pelo governo do Rio Grande do Sul em convênio com o Sistema Fecomércio-RS/Sesc/Senac. As estruturas temporárias deverão acomodar cerca de 1.750 pessoas atingidas pela enchente no município.

No centro próximo à Refap, as unidades habitacionais fornecidas pela Agência da ONU para Refugiados (Acnur) | abc+



No centro próximo à Refap, as unidades habitacionais fornecidas pela Agência da ONU para Refugiados (Acnur)

Foto: Divulgação/ONU

Segundo o Estado, a previsão de início de funcionamento dos centros é de cerca de 20 dias após a contratação da empresa responsável pela montagem das estruturas. A assinatura do contrato está prevista para ocorrer nesta semana.

Os centros serão instalados no Centro Olímpico Municipal (COM), localizado na Avenida Araguaia, 1151 — bairro Igara — com capacidade para abrigar de 800 a 1 mil pessoas, e na Avenida Guilherme Schell, 10.470, nas proximidades da Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), para acolher até 750 pessoas.

No Centro Olímpico Municipal, as unidades modulares serão em formato de tenda galpão (retangular) e tenda piramidal com estruturas metálicas e divisórias internas. A infraestrutura prevista será a mesma utilizada em hospitais de campanha e outras estruturas emergenciais instaladas pelo Poder Público e empresas privadas. No centro próximo à Refap, as unidades habitacionais serão fornecidas pela Agência da ONU para Refugiados (Acnur).

A seleção das famílias que ocuparão os espaços será realizada pela Prefeitura, que ainda não informou como funcionará o processo. Conforme o governo do Estado, a gestão dos espaços ficará a cargo da Organização Internacional para as Migrações (OIM), que será responsável pela limpeza, atividades de integração e triagem, alimentação, entre outras demandas de cunho coletivo.

Divisão de responsabilidades

Além das unidades modulares que acolherão as famílias, as estruturas contarão com áreas de convivência e multiuso, espaços kids e pets, refeitório, cozinha, lavanderia, fraldário/lactário, depósitos, área de triagem, área para assistência médica e social, banheiros masculinos, femininos e neutros, áreas para pessoas e famílias monoparentais. A Brigada Militar ficará responsável pela segurança e os serviços de água, saneamento e luz ficarão sob responsabilidade do Município e das concessionárias de energia elétrica e saneamento.

A concepção do projeto, tratativas para execução, segurança dos espaços e o apoio aos municípios nas demandas de saúde e educação ficarão sob responsabilidade do Estado. Além da seleção das famílias, a Prefeitura ficará responsável pela preparação da infraestrutura dos terrenos onde serão instalados os centros e da viabilização de serviços básicos.

Fecomércio, Porto Alegre e objetivos

O Sistema Fecomércio-RS/Sesc/Senac vai financiar as estruturas, assim como a contratação da Organização Internacional para as Migrações (OIM), que será responsável pela gestão dos locais.

Além de Canoas, a proposta foi oferecida, inicialmente, para as cidades de Porto Alegre, São Leopoldo e Guaíba. Até o momento, as tratativas avançaram em Canoas e Porto Alegre. Juntos, os dois municípios reúnem atualmente mais de 50% da população desabrigada no Estado.

Na capital gaúcha, serão instalados três centros, um no estacionamento do Porto Seco, um no Centro Vida, na Zona Norte, e um no Centro de Eventos Ervino Besson, localizado no bairro Vila Nova.

De acordo com o governo do Estado, os Centros Humanitários de Acolhimento são uma solução transitória entre os abrigos onde as pessoas estão atualmente. A proposta visa ofertar nos espaços infraestrutura necessária para as famílias. Os locais ficarão próximos de serviços básicos de saúde, educação e acesso ao transporte público.

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