Depois da enchente, o número de casos registrados de dengue volta a subir em Canoas. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde de Canoas, na última semana do mês de maio, 600 novos casos da doença foram confirmados.
O total de casos confirmados (dados do dia 05/06) na cidade é de 5.930, segundo a Prefeitura. Destes, 5.920 são autóctones e 10 importados — ou seja, contraídos fora do Município. Os bairros com maior número de casos são Estância Velha e Guajuviras. Ocorreram 14 mortes em decorrência da dengue em Canoas.
Os dados estaduais mostram que Canoas é o 7º lugar com mais casos no Rio Grande do Sul, e o 4º município com mais mortes causadas pela dengue.
A quantidade de casos registrados até agora, em 2024, já ultrapassa a soma de casos de 2015 a 2023, de acordo com dados da Secretaria Estadual de Saúde. A Prefeitura de Canoas afirma que há defasagem nos dados.
“Como o caso precisa ser confirmado em duas etapas no sistema, há defasagem nos registros por conta da falta de pessoal na Saúde”, explica a secretaria adjunta da Saúde, Caroline Schirmer.
“Teve uma diminuição de casos no início de maio, mas voltou a subir. A água que fica acumulada nas residências por conta da enchente e o calor propiciam a infestação”, afirma.
Prevenção
Segundo Caroline, a Prefeitura segue com ações de pulverização para evitar a proliferação do mosquito. O trabalho nos domicílios foi prejudicados. “Tem agentes de combate a endemias que foram atingidos pela enchente e estão afastados”, declara.
Testes rápidos de dengue estão disponíveis nas Unidades de Pronto Atendimento e no Hospital Nossa Senhora das Graças.
Na ocasião da visita da ministra da Saúde ao Estado, a prefeitura solicitou o envio de vacinas contra a dengue para o município
Por meio da assessoria de imprensa, a Secretaria Estadual da Saúde (SES) informa que “está monitorando, e, principalmente, orientando os municípios para estarem atentos aos primeiros sintomas, já que a limpeza urbana não poderá ser feita imediatamente em todo o Estado pela magnitude do desastre. Dessa forma, ter a rede assistencial sensível para detectar os casos será fundamental”.
A SES frisa que está em contato com o Ministério da Saúde para garantir o estoques de kits para testagem dos suspeitos
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