ONDA DE VIOLÊNCIA
Canoas chega a 30 vítimas de homicídio em 2023; número é quase metade do total do ano passado
Prefeito em exercício reuniu-se com representantes da Polícia Civil para discutir medidas de combate à criminalidade
Última atualização: 01/02/2024 15:24
O ano de 2023 mal começou, e o número de vítimas de homicídio em Canoas já chama atenção das autoridades. Em pouco mais de dois meses, 30 pessoas foram assassinadas na cidade – o que equivale a quase metade do total das mortes registradas em 2022 no município. No ano passado, foram 62 vítimas.
O homicídio mais recente foi na noite de terça-feira (7), no bairro Guajuviras. Segundo a Brigada Militar (BM), a vítima, identificada como Felipe Porto Cesar, de 29 anos, acabou atingida por cerca de dez disparos de arma de fogo enquanto caminhava em via pública.
Além do Guajuviras, os bairros Mathias Velho, Harmonia e Estância Velha registraram grande parte dos homicídios. Segundo a Polícia Civil, aproximadamente 90% dos assassinatos cometidos na cidade estão ligados a facções criminosas que agem na cidade.
Nesta semana, o prefeito em exercício, Nedy Marques, reuniu-se com representantes da Polícia gaúcha no Paço Municipal. O encontro serviu para discutir a segurança pública da cidade neste início de ano.
"Coloquei a nossa Guarda Municipal à disposição, e vamos trabalhar para tirar do papel o projeto do cercamento eletrônico, que será muito importante tanto para qualificar o trabalho de inteligência quanto para coibir a prática de crimes", adianta Marques.
Trabalho intensificado
A reunião em Canoas contou com a presença do novo chefe do Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o delegado Mario Souza, que passou os últimos quatro anos na coordenação da 2ª Delegacia de Polícia Regional Metropolitana (DPRM).
A ideia do delegado é fechar o cerco contra os criminosos por meio de operações de repressão à violência. O objetivo é impedir que os conflitos entre esses grupos coloquem em risco a segurança dos canoenses.
Segundo o delegado Mario Souza, um aporte operacional e de inteligência do Departamento está sendo colocado à disposição das autoridades policiais de Canoas. "Nós ouvimos a avaliação do prefeito do que está acontecendo e também apresentamos nosso diagnóstico. A primeira medida foi a criação da Operação Asfixia, que passa a contar com apoio da Guarda Municipal, em pontos principais onde ocorrem homicídios", explica.
Outras medidas, garante o delegado, também serão adotadas. Diretor do Departamento de Homicídios da capital, o delegado Rafael Soares acaba de ser transferido para Canoas, onde passa a desenvolver um trabalho com foco na diminuição imediata dos crimes.
"Devo permanecer durante os próximos 15 atuando na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Canoas", informa. "Vamos desenvolver um trabalho mirando as prisões dos responsáveis por essas mortes."
Integração
A união de forças de segurança será uma das marcas das ações práticas em Canoas, na avaliação do secretário municipal de Segurança Pública, Marcelo Pitta.
"A integração entre a Secretaria de Segurança, Brigada Militar e Guarda Municipal é importante para travar os índices, adotar estratégias para tomar terreno e buscar a prisão dos autores dos homicídios, assim como levar mais tranquilidade para a comunidade diretamente atingida pelas mortes", salientou.
O ano de 2023 mal começou, e o número de vítimas de homicídio em Canoas já chama atenção das autoridades. Em pouco mais de dois meses, 30 pessoas foram assassinadas na cidade – o que equivale a quase metade do total das mortes registradas em 2022 no município. No ano passado, foram 62 vítimas.
O homicídio mais recente foi na noite de terça-feira (7), no bairro Guajuviras. Segundo a Brigada Militar (BM), a vítima, identificada como Felipe Porto Cesar, de 29 anos, acabou atingida por cerca de dez disparos de arma de fogo enquanto caminhava em via pública.
Além do Guajuviras, os bairros Mathias Velho, Harmonia e Estância Velha registraram grande parte dos homicídios. Segundo a Polícia Civil, aproximadamente 90% dos assassinatos cometidos na cidade estão ligados a facções criminosas que agem na cidade.
Nesta semana, o prefeito em exercício, Nedy Marques, reuniu-se com representantes da Polícia gaúcha no Paço Municipal. O encontro serviu para discutir a segurança pública da cidade neste início de ano.
"Coloquei a nossa Guarda Municipal à disposição, e vamos trabalhar para tirar do papel o projeto do cercamento eletrônico, que será muito importante tanto para qualificar o trabalho de inteligência quanto para coibir a prática de crimes", adianta Marques.
Trabalho intensificado
A reunião em Canoas contou com a presença do novo chefe do Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o delegado Mario Souza, que passou os últimos quatro anos na coordenação da 2ª Delegacia de Polícia Regional Metropolitana (DPRM).
A ideia do delegado é fechar o cerco contra os criminosos por meio de operações de repressão à violência. O objetivo é impedir que os conflitos entre esses grupos coloquem em risco a segurança dos canoenses.
Segundo o delegado Mario Souza, um aporte operacional e de inteligência do Departamento está sendo colocado à disposição das autoridades policiais de Canoas. "Nós ouvimos a avaliação do prefeito do que está acontecendo e também apresentamos nosso diagnóstico. A primeira medida foi a criação da Operação Asfixia, que passa a contar com apoio da Guarda Municipal, em pontos principais onde ocorrem homicídios", explica.
Outras medidas, garante o delegado, também serão adotadas. Diretor do Departamento de Homicídios da capital, o delegado Rafael Soares acaba de ser transferido para Canoas, onde passa a desenvolver um trabalho com foco na diminuição imediata dos crimes.
"Devo permanecer durante os próximos 15 atuando na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Canoas", informa. "Vamos desenvolver um trabalho mirando as prisões dos responsáveis por essas mortes."
Integração
A união de forças de segurança será uma das marcas das ações práticas em Canoas, na avaliação do secretário municipal de Segurança Pública, Marcelo Pitta.
"A integração entre a Secretaria de Segurança, Brigada Militar e Guarda Municipal é importante para travar os índices, adotar estratégias para tomar terreno e buscar a prisão dos autores dos homicídios, assim como levar mais tranquilidade para a comunidade diretamente atingida pelas mortes", salientou.