Depois que a água da enchente baixou, muitas marcas permaneceram na cidade e em seus moradores. Entre os resquícios da cheia, milhares de animais passaram a lotar abrigos enquanto aguardam por um novo lar.
Alguns dos cachorros resgatados enfrentaram um segundo desafio: a cinomose. A doença infectocontagiosa requer que eles fiquem isolados para tratamento. Com mais uma batalha vencida, agora os bichinhos se tornaram estrelas de uma campanha de adoção.
A estudante de veterinária Bruna Freitas teve a ideia de produzir as fotos. “A responsável pelo centro de isolamento divulga os cães para adoção e notei que as fotos mais bonitas tinham mais interação. Fui atrás de um fotógrafo voluntário para ajudar”, conta Bruna, que é voluntária no local.
O fotógrafo Demetrius Avila Pereira já havia fotografado animais na Secretaria de Bem-Estar Animal de Canoas, e topou participar da iniciativa. As fotos agora estão disponíveis no Instagram @adoteumviralatars. Até agora, nenhum cão foi adotado.
Ajude na recuperação dos cães
O setor de isolamento do Centro Palmira Gobbi é mantido com apoio da protetora de animais Deise Falci. Mas para ajudar os bichinhos a lutar contra a cinomose, doações de rações do tipo superpremium e em sachê ainda são necessárias. Para doar ração e valores em dinheiro ou adotar um cão, também é possível contatar a veterinária responsável, Gabriela Braun, pelo Instagram @gabibraunaguiar ou pelo telefone 51 999474949.
Adote um cãozinho que venceu a cinomose
A ideia de adotar um animal que tem ou teve uma doença pode gerar receio, mas a veterinária Gabriela Braun garante: uma vez curados da cinomose, os cãezinhos levam uma vida normal. “A cinomose é uma doença viral. Quando o vírus sai do organismo, tudo volta ao normal. Até podem ficar algumas sequelas se a doença atingiu o cérebro, mas nada que influencie a vida deles”.
Os bichos só são liberados quanto testes do tipo PCR, de sangue e de urina trazem um resultado negativo para o vírus.
“Os cuidados necessários para um cachorro que teve cinomose são os mesmos que os de outros cães: dar atenção e ração de boa qualidade, levar ao veterinário e vacinar anualmente”, comenta. Também é preciso monitorar as doenças parasitárias. Os animais saem do abrigo microchipados e vacinados. Alguns já são castrados.
Uma triagem é feita com possíveis adotantes para avaliar se os bichinhos terão os cuidados essenciais para uma vida de qualidade.
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