Em comemoração aos 15 anos, a biblioteca comunitária Cecília Meireles realizou um encontro com dezenas de frequentadores do local, no domingo (28). Localizado na Associação dos Moradores do Jardim Igara II (Amorji II), em Canoas, o espaço conta com um vasto acervo de livros e projetos de incentivo à leitura, como contação de histórias, oficina de escrita e grupos de convivência.
“Fizemos uma celebração tardia devido aos acontecimentos climáticos que a cidade passou. Durante o período da enchente, a biblioteca foi ponto de coleta de donativos. O aniversário foi no dia 25 de abril. Completar uma década e meia de serviços prestados à comunidade representa uma vitória para a cultura canoense”, salienta a fundadora e coordenadora da biblioteca Cecília Meireles, Mari Regina Rigo.
A professora aposentada relembra a trajetória de união que resultou no projeto. “Ninguém faz nada sozinho. Quando apresentei a iniciativa, o então presidente da associação, Carlos Alberto da Silva, cedeu uma sala da Amorji II. Naturalmente, pessoas da comunidade abraçaram o sonho junto. Os voluntários e apoio do atual presidente [Celso Sabedoti] são essenciais para a continuidade do trabalho”, diz.
Ao longo dos anos, a biblioteca se manteve com o apoio da associação e do voluntariado realizado pelos moradores da região. Segundo Mari, os desafios impostos pela pandemia de Covid-19 e pelos cortes de investimento na cultura, nos últimos anos, impactaram nos hábitos dos estudantes. “Percebemos uma redução no interesse pela leitura. A comunicação com as escolas está mais difícil. Desejamos retomar parcerias e atividades em conjunto.”
Serviço gratuito
O acervo de livros da biblioteca comunitária está disponível para qualquer pessoa. Para fazer o cadastro basta informar nome, CPF e endereço, sem necessidade de apresentação de documentos. Localizado na Rua das Azaléias, 189, no bairro Igara, o espaço conta com atendimento somente às terças-feiras, das 14 às 17 horas.
“A pessoa pode retirar o livro e ficar com ele entre sete e 14 dias. Tudo gratuitamente. Todos os exemplares são oriundos de doações da comunidade”, finaliza a coordenadora do projeto.
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