A canoense Taís Fagundes, 35 anos, lançou o seu primeiro livro no último sábado (14). A obra infantojuvenil intitulada “Papel Amassado” foi apresentada oficialmente na Livraria Santos, no Canoas Shopping.
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Segundo a autora, o papel amassado representa a história de cada um. Os leitores são convidados a sentir a percepção de si e do mundo.
“O ‘Papel Amassado’ fala da vida, dos sentimentos, da permissão de estar e pertencer a este mundo na totalidade. A vida de todos, de forma poética, é um papel amassado. As marcas que carregamos ajudam a contar nossa história”, destaca Taís.
De uma forma afetiva, o livro, por meio das palavras e ilustrações, traz um resgate de identidade e de autoconsciência. “A história se desenrola a partir da protagonista, uma menina chamada Albinha, que ao encontrar um papel amassado fica curiosa e vai até a sua abuela perguntar o que aquilo representa.”
O livro contém algumas palavras em espanhol. Abuela, avó em português, é uma delas. A autora conta que escolheu palavras pontuais para homenagear a língua estrangeira. “Atuei durante sete anos como professora no ensino bilíngue para adultos e adolescentes. Atualmente, curso e trabalho na área de Secretariado Executivo Trilíngue.”
Inspiração
Taís revela que o filho, Augusto, 3, foi a inspiração para o livro. “Depois que tive ele, tudo mudou. Quando pensei no mundo que gostaria de deixar para o Augusto, a resposta veio do coração. O livro representa liberdade, pois quando nos conhecemos e reconhecemos, passamos a conectar passado, presente e futuro, e a viver de forma desperta”, completa.
Para completar a experiência, ao final da história, o livro traz como extensão o exercício dos sete afetos. “É um ponto de partida para você reconhecer seus amassados e contar as suas histórias.”
Enchente de maio
Moradora do bairro Harmonia, Taís relembra o período da enchente que devastou a região oeste de Canoas em maio. A inundação também atingiu a casa dos pais da autora. “Duas cachorrinhas de estimação ficaram presas no telhado por três semanas, infelizmente, uma delas não resistiu.”
Taís conta que algumas ilustrações foram modificadas devido à situação. “O meu livro estava em processo de edição. Pedi para a ilustradora Ana Cardia [responsável por todos os desenhos] para incluir alguns elementos, entre eles, uma singela homenagem para a cachorrinha que faleceu.”
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