Trânsito
Área Azul sem cobrança leva motorista de Canoas a deixar carro parado na vaga o dia todo
Secretaria Municipal de Transportes e Mobilidade confirma que medida é temporária. Processo para licitar uma nova empresa já está sendo elaborado
Última atualização: 18/01/2024 11:27
Desde o início de dezembro que a Diretoria de Trânsito da Secretaria Municipal de Transportes e Mobilidade (SMTM) passou a fiscalizar a Área Azul de Canoas. Isso porque, o popular estacionamento rotativo da cidade não é mais pago.
Os motoristas estão isentos da tarifa de R$ 1,25 que era cobrada até o ano passado. A Prefeitura de Canoas já prepara uma nova licitação, mas até isso acontecer, os canoenses podem encontrar uma vaga, parar o carro e não se preocupar com a cobrança.
A medida está beneficiando dezenas de canoenses que trabalham na área central e deixaram de pagar estacionamento particular. É o que conta o comerciante Augusto Zanella, 61 anos, que atua na área há dez anos.
"Os caras estacionam logo cedinho e deixam o carro o dia inteiro parado no mesmo lugar", reclama. "Sim, para que vão tirar? Não precisa pagar. Ninguém dá bola mais para fiscalização. Ninguém cobra ninguém".
O problema é maior, segundo não apenas quem trabalha na área, mas também para quem circula, porque alguns motoristas acabam não se contendo em deixar o veículo parado em apenas uma vaga, cobrindo o espaço necessário para dois carros durante todo o dia.
É por esse tipo de problema que o aposentado Saul Silva, 74 anos, prefere, muitas vezes, pagar um valor extra por um estacionamento privado do que tentar deixar o veículo em uma vaga "azul".
"Eu acho que a situação vai piorar bastante depois do carnaval", opina. "Porque agora é período de férias e não está tendo nem aula, mas logo que março chegar, a falta de cobrança vai acabar pesando basando bastante e vão disputar as vagas a tapas".
Medida temporária
Responsável pela SMTM, o secretário Marcos Daniel explia que o fim da cobrança é temporário e que ela será retomada com a seleção de uma nova gestora da Área Azul. "A licitação que norteará as regras para a contratação da futura empresa está sob análise técnica e jurídica pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE). Com o aval do TCE, vamos promover o certame justo aos participantes, principalmente, defendendo os interesses do Município, garantindo legalidade em todas as cláusulas do novo contrato".