Com a previsão de recuo das águas, de aproximadamente um metro de altura, no entorno do Hospital de Pronto Socorro de Canoas (HPSC), a Secretaria Municipal de Saúde planeja realizar uma vistoria técnica detalhada na próxima semana. O local passará por avaliação de engenheiros da Prefeitura e do Instituto de Administração Hospitalar e Ciências da Saúde (IAHCS). Os profissionais farão uma análise das condições estruturais do prédio atingido pela enchente no dia 4 de maio.
Foto: LEANDRO DOMINGOS/GES ESPECIAL
Segundo o secretário municipal de Saúde, Mauro Sparta, a visita ao HPSC dependerá da melhora no cenário externo da região.
“No interior do hospital não há mais água concentrada, mas, sim, muito lama. O maior problema está no acesso, veículos convencionais não conseguem transitar nas proximidades da unidade. Estamos na expectativa para a água baixar nos próximos dias”, enfatiza.
A participação de engenheiros do hospital Albert Einstein e da empresa responsável pela construção da casa de saúde ainda não foi confirmada, explica Sparta. “Estamos aguardando resposta. Seria um reforço importante. Nesse momento, a segurança é a prioridade, ou seja, tudo dependerá do diagnóstico físico do imóvel”, diz.
“Os próximos passos serão decididos a partir do resultado da vistoria. Havendo necessidade de reparos na estrutura, a ação seguinte será de recuperação, caso contrário, partiremos para a avaliação e estudo de religação da rede elétrica, hidráulica e afins.”
Diante do cenário devastador na região do HPSC, Sparta sinaliza não haver previsão de retomada das atividades do hospital, localizado na Rua Caçapava, 100, no Mathias Velho, um dos bairros mais afetados pela inundação que atingiu Canoas no início do mês.
“Estamos ainda no campo da estimativa, por exemplo, a projeção para a recuperação do HPSC está em torno de R$ 35 milhões. É um valor que poderá variar nas próximas semanas e meses. Todo o primeiro andar do hospital foi inundado. Muita coisa foi perdida, aparelhos, equipamentos, mobília. São muitas variáveis. O tomógrafo e o aparelho de Raio-X foram diretamente afetados, ainda não sabemos se será possível consertar.”
O HPSC é referência em atendimento de traumatologia de urgência e emergência pelo Sistema Único de Saúde (SUS), com 750 colaboradores. As equipes foram redirecionados para prestação de serviço no Hospital Universitário (HU).
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