Passados 15 dias do assassinato da professora Catiúscia Machado, 43 anos, na Austrália, continua a expectativa de parentes e amigos pela chegada do corpo da gaúcha para ser providenciada a despedida.
Mãe da professora, Eliaide Machado confirmou, na tarde deste domingo (10), ter recebido a informação da Embaixada de que o atestado de óbito, que deve garantir a liberação do corpo, será entregue na próxima quarta-feira (13).
A partir da liberação, terá início o traslado da vítima da Austrália para o Brasil. A estimativa, Eliaide avisa, é que o corpo chegue ao País até o dia 20 de dezembro, quando desembarca em São Paulo e de lá parte para Canoas.
“A gente não pode reclamar de demora, porque o Embaixada Brasileira está dando toda a atenção que precisamos ao caso”, explica. “Estamos bem assistidos e tudo está acontecendo em tempo hábil”, acrescenta.
Conforme Eliaide, a família realizou uma campanha de arrecadação para o traslado do corpo para o Brasil. A vaquinha on-line foi encerrada após a família conseguir arrecadar o valor necessário.
A ajuda foi feita por amigos do Brasil e boa parte de australianos, que se sensibilizaram com o caso da professora, relata Eliaide. O valor total foi de R$ 53 mil arrecadados.
Eliaide informa ainda que uma funerária em São Paulo será contratada para garantir a segurança do transporte do corpo de São Paulo para Canoas, onde ocorrerá o sepultamento.
“A pessoa responsável pela vaquinha vai entrar em contato conosco e fazer os pagamentos dos serviços fúnebres necessários”, esclarece. “Está tudo bem encaminhado e acredito que vai dar tudo certo.”
Investigação
A polícia australiana dá prosseguimento a investigação do caso envolvendo a professora Catiúscia Machado. Os policiais agora concentram esforços nos cartões de crédito e contas da brasileira entrada morta em Sidney, na Austrália, na noite do último dia 24.
A investigação se baseia na hipótese de que o suspeito do crime, Diogo de Oliveira, 40 anos, estava se valendo do dinheiro da trabalhadora, razão pelo qual não aceitaria uma separação.
Eliaide Machado conta que sempre soube que a filha bancava as contas do namorado no exterior. Além do emprego como professora, Catiúscia recebia pensão do marido, que morreu há alguns anos, um militar do Exército.
“A polícia encontrou os cartões de crédito da Catiúscia e estão observando as movimentações”, explica. “Acredito que possam esclarecer alguns pontos que vão colaborar para apontar a culpa dele.”
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Entenda o caso
Foi na noite do dia 25 de novembro, pouco depois das 21 horas, que a polícia de Sidney, na Austrália, foi acionada para averiguar o que parecia ser um acidente doméstico envolvendo a professora, encontrada caída em uma banheira.
O acidente se transformou em suspeita de homicídio quando a polícia descobriu evidências de que a vítima havia sido agredida. O suspeito do crime é o namorado da professora. Diogo de Oliveira, 40 anos, foi preso ainda durante a noite do crime e levado a corte australiana na manhã do dia 27 de novembro, quando alegou inocência.
Conforme os hematomas achados no rosto da vítima, a suspeita da polícia é que namorado tenha atingido Catiúscia com um soco, levando a professora a cair de cabeça na banheira. Segundo a polícia, ainda não foi confirmada a causa da morte, porém os peritos foram incisivos que a vítima morreu entre as 18 horas e 19h30 de sábado, com o corpo descoberto somente horas depois.
Daniel acabou sendo preso por suspeita de homicídio em decorrência da violência doméstica. O advogado tentou a conseguir a fiança do brasileiro, mas ela foi negada. Ele tem um novo encontro com o tribunal local marcado somente no dia 24 de janeiro.