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PROBLEMAS NO TRÂNSITO

Acidentes não registrados causam insegurança para moradores no Niterói

Cruzamento fica entre a Avenida Farroupilha e a Rua Júlio de Castilhos; Foram apenas seis registros em três anos

Juliano Piasentin
Publicado em: 12/05/2023 às 09h:13 Última atualização: 07/03/2024 às 15h:19
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Batidas, arranhões, buzinas e um problema sério: insegurança. É assim que vivem as pessoas que moram próximas ao cruzamento entre a Avenida Farroupilha e a Rua Júlio de Castilhos, no bairro Niterói.

Segundo a comerciante Elaine Zortea, 67 anos, isso acontece há pelo menos 38 anos. “Desde sempre isso acontece. Alguns passam a 80km/h.” Apesar dos relatos, a Prefeitura de Canoas afirma que os dados não registram sinistros na região. “Em 2020 e 2021 não houve nenhum registro. Em 2022 foram três e este ano, mais três, todos em abril”, detalhe o secretário adjunto de Transportes e Mobilidade, Israel Valladas.

Cruzamento é perigoso em Canoas



Cruzamento é perigoso em Canoas

Foto: PAULO PIRES/GES

Dona Elaine tem uma teoria para explicar a ausência de ocorrências protocoladas na Secretaria. “Como na maioria das vezes são danos materiais, os envolvidos optam por não chamar os agentes de trânsito. Podem ter algum rolo no carro.”

A comerciante vai mais longe nas críticas aos motoristas. “Às vezes me pergunto. Como é que eles dirigem? Parece que compraram a carteira”, completa.

Preferencial

A preferencial é bem sinalizada no local. Devem parar no cruzamento os motoristas que transitam na Avenida Farroupilha. Já os carros que estão na Rua Júlio de Castilhos podem seguir livres. No entanto, nem sempre é o que acontece, causando frequentes acidentes. “Chega a passar um vento quando dois carros cruzam e quase batem”, reitera Dona Elaine. O comércio dela fica próximo à esquina.

Quem também sofre do mesmo mal é o empresário Jefferson Costa, 41 anos. Ele é proprietário de uma lavagem exatamente no cruzamento. “Toda hora, quando estou trabalhando, levo algum susto. É muito perigoso e eles passam rápido, sem parar.”

O grande problema apontado pelos dois moradores não é a sinalização e sim a imprudência. O próprio secretário adjunto reitera que as medidas para sinalizar o cruzamento foram tomadas. “Existe um estreitamento na Avenida Farroupilha, uma placa de Pare e o Pare pintado no chão. Tudo bem sinalizado.”
Ainda assim, Dona Elaine e Jefferson acham que a solução é outra: semáforo.

Estudos para solucionar o problema

Israel garante que estudos já começaram no local. “A engenharia de trânsito precisa ter tudo muito justificado, não podemos fazer nada fora da lei.”

Para isso, agentes serão deslocados em diferentes dias e horários para verificar o fluxo do cruzamento. “Dependendo do resultado, temos algumas alternativas. Modificar a preferencial é uma delas. A outra seria a instalação de um semáforo.”

O semáforo serviria, segundo o adjunto, para ordenar a preferência. “O fluxo na Farroupilha aumentou muito nos últimos anos. Virou acesso para shopping. Alguns condomínios também foram construídos no entorno.”

O secretário aproveita para orientar os motoristas. “A sinalização precisa ser respeitada. Estamos no maio amarelo e nossa equipe está fazendo muitos trabalhos de conscientização. É uma ação de formiguinha”, conclui.

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