Mobilidade
Há carros que permanecem apodrecendo ao ar livre em vias públicas de Canoas
Situação é pior nos bairros Rio Branco, Fátima e Mathias Velho, onde existem números maiores de moradores que saíram de casa para não voltar mais
Última atualização: 01/08/2024 16:48
Nos dias 6 e 8 de agosto, o Detran-RS vai realizar dois leilões virtuais de veículos e sucatas. O objetivo é diminuir o passivo do órgão criado diante do cenário criado pelo período das enchentes, que se somam aos carros que não param de chegar aos centros do órgão após serem abandonados.
Quem circula pelo lado oeste de Canoas pode notar veículos em estado de deterioração visível, pois acabaram abandonados durante os períodos das cheias no mês de maio. Isso porque muitos carros tiveram perda total e o proprietário, sem seguro, resolveu apenas deixar no lugar.
A situação é pior nos bairros Mathias Velho, Rio Branco e Fátima, onde há veículos cuja lataria apodrece ao ar livre, causando inclusive impacto ambiental devido à liberação de gases oriundos dos metais. O correto, portanto, é que os carros fossem recolhidos.
“Pessoal já recolheu motos, carros e caminhões que estavam estragados, mas a gente vê aqueles que ninguém nem sabe quem é o dono ou que os donos já saíram de Canoas há muito tempo para nem voltar mais devido à enchente”, explica o mecânico de 56 anos.
Segundo divulgação do Detran-RS, a baixa dos veículos também é importante para que os veículos não continuem gerando custos e obrigações legais. Essa etapa se trata da comunicação ao Detran de que o veículo deixou de existir legalmente.
No Estado, o Detran possui cerca de 420 Centros de Desmanches de Veículos (CDVs), onde existe a descontaminação, desmonte das peças e compra da sucata, sob avaliação. Isso porque as peças reutilizáveis são retiradas para comercialização, enquanto as não reutilizáveis são levadas para reciclagem.
Conforme o Estado, o processo de desmonte e reciclagem só pode ser realizado por empresas credenciadas pelo estado, para ter garantia de que o procedimento seja feito dentro da lei e ambientalmente correto.
A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Canoas, que informou em junho a possível contratação de um guincho para garantir as remoções das vias públicas. Até a publicação desta matéria, no entanto, não houve retorno da administração.