O novo governo de Canoas inicia a gestão com desafios em diferentes áreas, entre eles, está o problema crônico dos alagamentos em diversas regiões da cidade. A primeira chuva do ano, no dia 1º, trouxe à tona velhos transtornos para a população canoense. O curto período de precipitação foi suficiente para deixar ruas e vias alagadas.
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Segundo o novo secretário municipal de Obras, Victor Hampel, não há contrato em vigência para a realização de limpeza e manutenção das bocas de lobo e tubulações da rede pluvial da cidade. No entanto, o titular da pasta garante que está em curso um processo licitatório para a contratação dos serviços.
“A licitação está na fase final. A empresa que vencer ficará responsável pela limpeza, manutenção e correção das tubulações e bocas de lobo, ou seja, a contratação também prevê consertos pontuais na rede pluvial”, explica Hampel.
Graduado em Engenharia Civil, o secretário esclarece que, atualmente, o acúmulo de água nas ruas após as chuvas ocorre devido ao problema de microdrenagem, ou seja, bocas de lobo e tubulações sujas e entupidas.
“Também é possível haver erosões em parte da tubulação mais antiga. Se houver, será necessário abrir e realizar a troca. Os últimos alagamentos estão relacionados à microdrenagem. A macrodrenagem e as casas de bombas não possuem relação”, diz.
Conforme Hampel, as ações para os próximos 30 dias incluem o mapeamento de pontos de alagamentos considerados críticos, a finalização da licitação dos serviços de limpeza e manutenção da rede pluvial e a continuidade do processo licitatório para a modernização das oito casas de bombas da cidade.
“Já acionamos o quadro técnico de engenheiros da Prefeitura. São servidores de carreira que possuem alta qualificação e conhecem bem a cidade. Eles trabalharão em conjunto com nossas equipes para o mapeamento dos pontos críticos. A partir do contrato estabelecido, começaremos as operações nesses locais. A pedido do prefeito, o início dos trabalhadores começará pela Rua Santo Antônio com a Rua do Pintor, no Santo Operário.”
Para Hampel, a dinâmica dos processos necessita de mudanças.
“Do ponto de vista da engenharia, precisamos entender que não resolve realizar o hidrojateamento quando a água já está subindo. A solução precisa ser antes da chuva e não na chuva. É preciso prevenir. Precisamos manter a limpeza e uma rede pluvial adequada.”
A modernização das casas de bombas é considerada pelo secretário mais um reforço necessário na prevenção dos alagamentos.
“Ela vai incluir um sistema de motores que acionam com menor volume de água. No modelo atual, precisamos de uma lâmina de água muito alta para os motores serem acionados, são necessários cerca de três metros. A partir da modernização, os motores passarão a ser acionados quando a água chegar a um metro de altura. Essa mudança manterá o sistema micro e macrodrenagem totalmente secos. Porque quando chover teremos as galerias para encher e toda a microdrenagem”, salienta.
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