SAÚDE

Vacina contra tétano é recomendada após alta de casos no Rio Grande do Sul

Risco de morte é maior entre os idosos, o que reforça a necessidade de melhorar a cobertura vacinal nesse grupo

Publicado em: 15/07/2024 09:02
Última atualização: 15/07/2024 09:02

O Rio Grande do Sul registrou 14 casos de tétano acidental, que causaram três mortes, no primeiro semestre deste ano. O número já se iguala ao total de casos de 2023 no Estado. Por conta da alta nos casos, que pode estar relacionada às enchentes, a Secretaria da Saúde do Estado (SES) recomenda manter a vacinação antitetânica em dia, especialmente em idosos. 


Vacina contra tétano é recomendada após alta de casos no Rio Grande do Sul Foto: Arquivo

"O reforço deve ser feito a cada dez anos. Principalmente se a pessoa tem mais de 60 anos, não deve esquecer de manter as doses em dia. O tétano é uma doença grave e pode matar", afirma Eliese Denardi Cesar, chefe da Seção de Imunizações da Divisão de Vigilância Epidemiológica do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), vinculado à SES.

A doença é causada pela bactéria clostridium tetani, que pode estar presente em fezes, pele, terra, galhos, arbustos, água suja e poeira. 

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O risco de morte é maior entre os idosos, o que reforça a necessidade de melhorar a cobertura vacinal nesse grupo. A faixa etária acima de 50 anos apresenta maior número de casos e óbitos, seguida de pessoas de 65 a 79 anos, mas a letalidade chega a 61,1% nos maiores de 80 anos de idade.

A infecção acontece pela contaminação de ferimentos superficiais ou profundos de qualquer natureza por esporos da bactéria. Não há transmissão direta de um indivíduo para outro. A principal medida de prevenção é a vacinação, e as doses estão disponíveis em todas as unidades básicas de saúde.

Quem deve se vacinar

O calendário vacinal de rotina das crianças, preconizado pelo Ministério da Saúde, contempla a aplicação de três doses com a vacina pentavalente, administrada aos dois, quatro e seis meses de idade.

Deve haver um reforço aos 15 meses de idade, e um segundo reforço aos quatro anos. A partir dessa idade é necessário um reforço a cada dez anos, após a última dose administrada.

As gestantes também devem se vacinar. Os filhos de mães imunes apresentam imunidade passiva e transitória até 2 meses de vida.

Em situações de ferimentos com risco de tétano, considerando a gravidade e o esquema vacinal já realizado, podem ser prescritos soro antitetânico e imunoglobulina humana antitetânica. A imunidade conferida pelo soro antitetânico dura cerca de duas semanas, enquanto a conferida pela imunoglobulina humana antitetânica dura cerca de três semanas. A ocorrência da doença não confere imunidade.

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