Um acidente na noite da terça-feira (5) matou três pessoas na RS-115, em Igrejinha, no Vale do Paranhana. “Uma perda da qual nunca vou me recuperar”, lamenta Pedro Cardozo Perondi, de 25 anos, namorado de Nicolly Rosa, 21, uma das vítimas.
Foto: Arquivo pessoal
A jovem estava no Nissan Sentra acompanhada dos amigos do casal, Pablo Hebert Nörnberg Menezes, 29, e Amanda Beatris de Souza Coelho, 32. Eles também morreram após o veículo colidir contra a base de uma placa que sinalizava a presença de um redutor de velocidade no quilômetro 10 da rodovia. O acidente aconteceu por volta das 23h40.
Pedro e Nicolly estavam juntos há dois anos e residiam no município do Vale do Paranhana. Antes, ela morava em Portão, no Vale do Sinos. “Nossa relação sempre foi muito incrível, muito intensa, muito verdadeira, de muito companheirismo”, diz o namorado da jovem.
Ele descreve a companheira como uma pessoa “amável, pura, sorridente, dedicada à família, trabalhadora e estudiosa”. “O grande amor da minha vida! Sempre alegre, sempre feliz. Só consigo descrever essas coisas boas”, declara Pedro.
Nicolly era torcedora do Internacional, sentimento que veio da família. Pedro lembra que ela gostava de ir assistir aos jogos no estádio Beira-Rio. Além disso, cantar, dançar, ver os amigos e assistir séries com o namorado estavam entre os passatempos preferidos da jovem.
Participar de gincanas também era uma atividade que a atraía. Em Portão fazia parte da Equi Pedrão, mas após mudar para Igrejinha entrou para a Equi Beat, que lamentou a partida da integrante nas redes sociais. “Menina do sorriso solto, humilde, e com ela, não tinha tempo ruim. Que honra termos te conhecido e corrido contigo no mundo das gincanas. Desejamos força à família e em especial ao nosso integrante, Pe”, diz trecho da publicação.
“Estava com mau pressentimento”
O namorado da jovem conta que após saírem do trabalho, o casal encontrou uma amiga e decidiram continuar a conversa em um bar no centro da cidade. No local, eles se reuniram com outros amigos e, por volta das 23 horas, parte do grupo teria decidido sair de carro.
“Eles queriam dar uma volta de carro e nesse momento eu disse para ela não ir”, lembra Pedro. “Ela discutiu comigo, ela quis ir. Nesse momento eu entrei no bar, encontrei a Amanda. Ele disse: ‘vamos fazer assim, vamos eu, tu e o Pablo’. Eu não queria que ela fosse. Fui no banheiro, quando voltei os três não estavam mais lá”, relata.
Foto: Arquivo pessoal
Pedro conta que ficou esperando o retorno da namorada e dos amigos. “Eu fiquei esperando. Estranhei a demora. Eles iriam até Taquara, questão de 20 minutos estariam de volta. Passaram duas, três horas. Comecei a ficar nervoso”, conta.
O companheiro de Nicole fala que conversou com outra amiga do casal que estava com ele no bar esperando o grupo voltar e sugeriu que eles fossem atrás do trio. “Estava com mau pressentimento”, desabafa. Poucos minutos depois, Pedro ouviu sirenes de Corpo de Bombeiros que passava por uma rua próximo ao estabelecimento. “Ali meu mundo já foi ao chão, estava desesperado, comecei a chorar. Já estava com uma coisa em mim que tinha algo errado”, lembra.
Despedida
Familiares e amigos de despedem de Nicolly em Portão. O velório está previsto para começar às 19 horas no Memorial Forneck Mattana, que fica na Rua São Leopoldo, n° 935, no Centro. O sepultamento será nesta quinta-feira (7), às 8h30, no Cemitério São Lázaro.
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