GESTÃO ESTRATÉGICA
UFRGS divulga documento com sugestões de passos para reconstruir o RS e tornar as "cidades mais resilientes"
Professor responsável pelo estudo explica principais pontos que o governo deve adotar para superar a catástrofe e evitar novas enchentes
Última atualização: 29/05/2024 13:37
A Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) divulgou nesta terça-feira (28) um estudo sobre as ações de reconstrução do Estado após a catástrofe climática de maio. No documento, o governo é orientado a adotar uma gestão estratégia de cheias, para evitar novas enchentes no RS.
"Mesmo o trabalho de reconstrução de curto prazo precisa ser feito dentro de um processo com visão de longo prazo, que seria a gestão estratégica de cheias. Para ser estratégica, a gestão precisa incluir o planejamento integrado de bacias hidrográficas", aponta o professor Guilherme Fernandes Marques, coordenador do Núcleo de Pesquisa em Planejamento e Gestão de Recursos Hídricos (Gespla), vinculado ao Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH).
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Segundo o documento, o Estado pode seguir 4 passos para a reconstrução. "(1) construir o conhecimento sobre o comportamento do sistema (bacia hidrográfica e cidades) e objetivos da sociedade; (2) usar esse conhecimento para avaliar melhor o risco climático e tomar melhores decisões; (3) montar um portfólio de medidas e instrumentos para gerir o risco; e (4) estabelecer um processo contínuo de monitoramento, revisão e adaptação", enumera o professor.
O pesquisador afirma que as ações devem ser rápidas e eficientes. Por isso, o documento foi encaminhado a grupos de discussão no Estado e à Casa Civil do Governo Federal, que está organizando ações de apoio à reconstrução.
"Temos muitas ações a serem feitas para tornar nossas cidades mais resilientes, e essas ações serão empreendidas por todas as esferas (Federal, Estado e Municipal). A responsabilidade por melhorar a segurança é de todos nós. Desta forma, mostramos no documento porque é essencial aproveitarmos essa oportunidade para repensar a estratégia de proteção contra cheias do Estado", afirma.
O Instituto de Pesquisas Hidráulicas da UFRGS vem atuando desde o início do mês na disseminação de informações científicas sobre a catástrofe.