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EDUCAÇÃO

Turmas de escola estadual de Novo Hamburgo ainda não tiveram aulas de matemática em 2024

Falta de professor afeta três turmas da Escola Estadual Osvaldo Aranha

Susete Mello
Publicado em: 04/06/2024 às 17h:03 Última atualização: 04/06/2024 às 17h:19
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A falta de professor de matemática para turmas do 8º ano da Escola Estadual Osvaldo Aranha, no bairro Ideal, é um problema que se arrasta no ano letivo deste ano. Das quatro turmas, todas do turno da tarde, três ainda não tiveram nenhuma aula com essa disciplina e uma recebeu, em abril, um professor que lecionava para ensino médio.

Diretora da Escola Osvaldo Aranha, Verônica Paz de Oliveira, espera solução do Estado | abc+



Diretora da Escola Osvaldo Aranha, Verônica Paz de Oliveira, espera solução do Estado

Foto: Susi Mello/GES-Especial

O assunto tem mobilizado pais em busca de soluções, que já perderam as contas de quantos contatos realizaram com a direção e a 2ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE). A secretária Ana Paula Nonnemacher Bergoldi, 42 anos, é mãe de uma das alunas do 8º ano. “Os pais participam de um grupo de WhatsApp para tentar uma solução para a situação. A escola depende da CRE e a 2ª CRE não nos dá resposta, apesar de vários contatos”, relata a mãe. A filha de Ana Paula comenta que, em abril, começou a ter aula de matemática por conta do ajuste feito na escola, mas outras três turmas permanecem sem aula.

A diretora da instituição, Verônica Paz de Oliveira, informou que no mês de abril duas turmas do ensino médio foram fechadas. Com isso, uma das turmas do 8º anos recebeu o professor de matemática que leciona no ensino médio. Para as demais turmas, acrescenta, a 2ª CRE não deu previsão de ter professor de matemática.

“Tivemos dois profissionais que vieram, porque esse pedido está aberto desde o início do ano, para assumir essas turmas. No entanto, acabaram desistindo por motivos pessoais seus. O pedido voltou à estaca zero e agora nós estamos aguardando”, explica.

Verônica acrescenta que, com a enchente de maio, não houve avanço no sistema no fluxo de trabalho da 2ª CRE. “O mês de maio foi perdido em termos de contratação. É essa semana que eles estão retomando os chamamentos e eu não sei quando vai ser. Infelizmente eu não tenho gerência sobre isso”, frisa.

A diretora complementa que as famílias estão juntas no esforço de conseguir os professores. Enquanto o problema permanece, a escola colocou todos os cinco períodos da semana em um dia só, para que os alunos não tenham períodos livres na escola. Assim, os alunos dessas turmas não vão à instituição. “Não é ideal, mas ao menos tentamos minimizar a questão de logística das famílias”, salienta.

Até as 14h30 desta terça-feira (4), a Secretaria de Educação (Seduc) não havia se posicionamento frente ao questionamento da reportagem. O espaço está aberto para manifestação.

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