A falta de professor de matemática para turmas do 8º ano da Escola Estadual Osvaldo Aranha, no bairro Ideal, é um problema que se arrasta no ano letivo deste ano. Das quatro turmas, todas do turno da tarde, três ainda não tiveram nenhuma aula com essa disciplina e uma recebeu, em abril, um professor que lecionava para ensino médio.
O assunto tem mobilizado pais em busca de soluções, que já perderam as contas de quantos contatos realizaram com a direção e a 2ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE). A secretária Ana Paula Nonnemacher Bergoldi, 42 anos, é mãe de uma das alunas do 8º ano. “Os pais participam de um grupo de WhatsApp para tentar uma solução para a situação. A escola depende da CRE e a 2ª CRE não nos dá resposta, apesar de vários contatos”, relata a mãe. A filha de Ana Paula comenta que, em abril, começou a ter aula de matemática por conta do ajuste feito na escola, mas outras três turmas permanecem sem aula.
A diretora da instituição, Verônica Paz de Oliveira, informou que no mês de abril duas turmas do ensino médio foram fechadas. Com isso, uma das turmas do 8º anos recebeu o professor de matemática que leciona no ensino médio. Para as demais turmas, acrescenta, a 2ª CRE não deu previsão de ter professor de matemática.
“Tivemos dois profissionais que vieram, porque esse pedido está aberto desde o início do ano, para assumir essas turmas. No entanto, acabaram desistindo por motivos pessoais seus. O pedido voltou à estaca zero e agora nós estamos aguardando”, explica.
Verônica acrescenta que, com a enchente de maio, não houve avanço no sistema no fluxo de trabalho da 2ª CRE. “O mês de maio foi perdido em termos de contratação. É essa semana que eles estão retomando os chamamentos e eu não sei quando vai ser. Infelizmente eu não tenho gerência sobre isso”, frisa.
A diretora complementa que as famílias estão juntas no esforço de conseguir os professores. Enquanto o problema permanece, a escola colocou todos os cinco períodos da semana em um dia só, para que os alunos não tenham períodos livres na escola. Assim, os alunos dessas turmas não vão à instituição. “Não é ideal, mas ao menos tentamos minimizar a questão de logística das famílias”, salienta.
Até as 14h30 desta terça-feira (4), a Secretaria de Educação (Seduc) não havia se posicionamento frente ao questionamento da reportagem. O espaço está aberto para manifestação.
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