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ESTAÇÃO FARRAPOS

TRENSURB: Volta dos trens até Porto Alegre tem data definida; saiba como vai funcionar

Informação foi confirmada em coletiva de imprensa na tarde desta sexta-feira

Dário Gonçalves
Publicado em: 06/09/2024 às 15h:20 Última atualização: 06/09/2024 às 18h:53
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A Trensurb vai retomar as operações até Porto Alegre ainda em setembro. A informação foi confirmada durante coletiva de imprensa realizada diretamente na Estação Farrapos, na capital, na tarde desta sexta-feira (6).

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Coletiva de imprensa realizada pela Trensurb confirmou retomada de operação até Porto Alegre | abc+



Coletiva de imprensa realizada pela Trensurb confirmou retomada de operação até Porto Alegre

Foto: Dário Gonçalves/GES-Especial

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A retomada das viagem até a Estação Farrapos está prevista para se iniciar a partir de 20 de setembro, uma sexta-feira de feriado estadual. Durante o evento desta tarde, o diretor-presidente da Trensurb, Ernani Fagundes, deu detalhes de como se dará a retomada das viagens. “Retomar a operação sempre foi uma meta, com muita convicção iremos retomar as operações até a estação Farrapos. Uma data com muito significado para os gaúchos, aumentando mais cinco estações desde que voltamos a operar em 30 de maio”, disse.

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Atualmente, os trens transportam passageiros entre as estações Novo Hamburgo e Canoas, pois a via foi atingida pela enchente de maio em Porto Alegre. O percurso de Canoas até a capital é feito de ônibus sem cobrança adicional. Conforme a empresa, o serviço de ônibus a partir da Farrapos será feito até dezembro, quando pretendem retomar a operação até a última estação, junto ao Mercado Público.

A instalação dos equipamentos necessários começam neste sábado (7). A previsão para início dos testes é na quarta-feira do dia 18 de setembro, dois dias antes da retomada na estação. “Os equipamentos da subestação não têm no Brasil. A Trensurb conseguiu graças a uma parceria com ferroviários de São Paulo que cederam 18 geradores”, explicou Fagundes

Citados pelo diretor, os equipamentos são cubículos com disjuntores para o sistema 3kVcc, que chegaram no dia 29 de agosto e foram adquiridos em uma parceria com a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e que permitirão, após a instalação, realizar a circulação segura de trens no trecho entre as estações Canoas e Farrapos, conforme a Trensurb.

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Os equipamentos – sobressalentes para a CPTM – foram adquiridos a um valor de R$ 2,5 milhões e devem acelerar a retomada total dos trens na região metropolitana. A solução permitirá a proteção elétrica do sistema e a identificação de falhas de maneira assertiva, limitando o impacto de uma falha a um trecho significativamente menor da ferrovia.

E quanto ao retorno até a Estação Mercado?

O diretor salientou que é preciso recompor a via permanente que foi assoreada com a inundação. “Queremos a conclusão até dezembro, mas a energia, só depois que este contrato for executado”, disse ele, referindo-se à licitação feita no início deste ano para recuperar as subestações de energia.



A energia da Farrapos vem da Estação São Luiz, em Canoas, mas, segundo Fagundes, não é suficiente para levar até o centro. “Não há energia para colocar mais trens, então por isso o intervalo é de 15 minutos. O edital com a nova contratação está sendo publicado hoje (sexta-feira), e por isso (precisamos) recuperar uma subestação de energia para ter energia e estender até o Mercado.”

Apesar da meta da Trensurb, o diretor salientou que não há como precisar o comportamento dos fornecedores para a contratação. A disputa em licitações será conhecida em 27 de setembro. “Há uma disputa em licitações e o vencedor assumirá todas as responsabilidades do edital. Uma dessas responsabilidades é recuperar a subestação de energia em rota elevada, não mais no solo. Dependemos do mercado, por isso 100% não podemos cravar, mas é uma meta. Assim como era uma meta liberar essas até 20 de setembro”, explica Fagundes.

 

Como funcionarão os ônibus

Sobre o transporte coletivo, Fagundes esclarece que, ao todo, 13 ônibus são necessários para atender um trem, com saída de um a cada 3,8 minutos. “Estamos observando que há um desejo das pessoas de virem sentadas. O ônibus tem 44 assentos. Eles (os passageiros) têm esse direito de quererem vir sentadas. Mas isso atrasa”, expõe.

“A viagem de ônibus é um pequeno percurso, a pessoa tem que entender e se dispor. É um problema que não tem como resolver. O conforto do trem é insubstituível para um ônibus. Infelizmente não tem como atender todos sentados. Entendemos que há um transtorno, mas o que queremos é o trem de volta, que é o que consegue dar um conforto que o ônibus não pode. Oferecemos a quantidade de ônibus necessárias”, acrescenta.



Antes da enchente, a Trensurb possuía capacidade operacional para fazer 15 viagens por hora, uma a cada quatro minutos com mil passageiros cada, e ainda com opção de acoplar outros vagões, alcançando o número de 30 mil passageiros por hora. Agora, contudo, só há energia para quatro viagens por hora, com intervalo de 15 minutos entre elas. “A inundação limitou isso, se eu colocar mais trens, exigirá uma energia que não temos”, comenta o diretor.

Com o avanço até a Farrapos, que incluirá as estações Fátima e Niterói (Canoas) e Anchieta e Aeroporto (Porto Alegre), passageiros terão seu trajeto aumentado em cerca de 12 quilômetros. A operação seguirá no horário normal, das 5 às 23 horas. “Quando o trem chegar na Farrapos, a tendência é que muito menos passageiros precisem dos ônibus, então teremos menos gente e um serviço melhor”, projeta o superintendente de desenvolvimento e expansão da Trensurb, Francisco Vicente.

Por fim, Ernani Fagundes também destacou que, como hoje a operação ocorre com número reduzido de trens, todos os que estão em execução pertencem à frota nova. “Eles são mais confortáveis, com ar condicionado e gastam menos energia”, conclui.

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