Trensurb volta a circular entre Canoas e Novo Hamburgo após mais de 25 dias; veja como foi o 1º dia

A manhã desta quinta-feira (30) marcou o retorno emergencial das viagens entre as estações Novo Hamburgo e Mathias Velho (Canoas) da Trensurb. O sistema de bilhetagem foi danificado pela água e a tarifa não será cobrada por tempo indeterminado.

Foram mais de 25 dias com os terminais fechados por conta das enchentes que afetam o Rio Grande do Sul.

A operação começou em um dia atípico, feriado de Corpus Christi, ou seja, com pouco movimento. O primeiro trem saiu da Estação Novo Hamburgo, no Vale do Sinos, às 8 horas. No sentido contrário, o veículo deixou Canoas às 8h15. Serão 30 minutos de espera entre uma viagem e outra.

Um problema na Estação Santo Afonso causou atrasos, no entanto, funcionários da estatal orientavam os usuários.

Para quem chegava em Canoas, ônibus foram disponibilizados para que os passageiros pudessem se deslocar até Porto Alegre. O custo da passagem do ônibus é de R$ 6,85, nas modalidades comum e seletivo.

Conforme a Metroplan, apenas 14 pessoas estavam no primeiro coletivo com destino à capital. O trajeto de aproximadamente 30 minutos pode ser mais longo, sendo determinado pelo fluxo no trânsito.

Como funciona o trajeto?

O ponto de referência no transporte entre Canoas e Porto Alegre é o Terminal Conceição, porém se o usuário precisar descer antes, pode utilizar o corredor de ônibus da Avenida Farrapos. Ao chegar no destino, o veículo retorna com outros passageiros para a Estação Mathias Velho.

Entretanto, o primeiro dia foi marcado por confusão, pessoas que aguardavam no Terminal Conceição notaram o atraso no transporte. O vigilante Jefferson Augusto de Vargas, 35 anos, foi um dos primeiros a chegar ao ponto de partida em Porto Alegre.

Morador de Sapucaia, ele chegou ao terminal Conceição por volta das 7h10, mas se mostrava resignado com o atraso. "Já teria que estar [o ônibus no local], a gente tem que entender também o lado deles, a gente não sabe o que está acontecendo", lamentou ele, que trabalha em Porto Alegre e precisou utilizar uma linha especial de ônibus para ir e voltar para o trabalho devido às enchentes.

Questionada, a Metroplan afirmou que a linha foi criada exclusivamente para atender o trem, ou seja, ônibus extras não devem sair da capital. A Fundação comunica que linhas tradicionais funcionam no trajeto Porto Alegre-Canoas, não havendo a necessidade de um reforço.