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TRENSURB: O crime que pode adiar a volta dos trens ao Centro de Porto Alegre

Diretor-presidente da Trensurb, Ernani Fagundes, vai à Assembleia Legislativa pedir apoio dos deputados estaduais para coibir o crime que aumentou depois da enchente

Igor Henrique Muller
Publicado em: 15/08/2024 às 22h:37 Última atualização: 15/08/2024 às 22h:38
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Um crime que já causou transtornos a usuários da Trensurb no Vale do Sinos e vem se avolumando desde a enchente de maio no eixo Canoas-Porto Alegre agora pode atrasar ainda mais a volta do trem ao Centro da capital, previsto para o fim do ano.

Ocorrências de furto de cabos da rede da Trensurb são apresentadas em comissão da Assembleia Legislativa | abc+



Ocorrências de furto de cabos da rede da Trensurb são apresentadas em comissão da Assembleia Legislativa

Foto: Lucas Kloss/ALRS

A informação é do diretor-presidente da Trensurb, Ernani Fagundes, que participou nesta quinta-feira (15) da reunião ordinária da Comissão de Segurança, Serviços Públicos e Modernização do Estado da Assembleia Legislativa.

Segundo ele, o furto dos cabos de energia que compõem a rede da Trensurb está atrasando a recuperação da via, atingida pela enchente de maio em Porto Alegre. Atualmente os trens transportam passageiros entre as estações Novo Hamburgo e Canoas. O percurso até a capital é feito de ônibus.

A previsão é que o retorno até a estação Farrapos, que incluiria as estações Fátima e Niterói (Canoas) e Anchieta e Aeroporto (em Porto Alegre) ocorra ainda em setembro, sem data definida. Os trens deverão estar funcionando quando o Aeroporto Internacional Salgado Filho reabrir, em 21 de outubro.

A reabertura das estações São Pedro, Rodoviária e Mercado, em Porto Alegre, está prevista para o fim do ano, mas o prazo pode ser ampliado devido aos recorrentes casos de furto de cabos de energia.

Diretor-presidente da Trensurb, Ernani Fagundes | abc+



Diretor-presidente da Trensurb, Ernani Fagundes

Foto: Lucas Kloss/ALRS

Segundo o diretor-presidente, desde o início de maio – quando a circulação de trans foi suspensa devido à enchente – já foram registradas 30 ocorrências de furto de cabos. “Somente neste trecho da bacia metroferroviária (entre as estações Canoas e Mercado) o prejuízo é estimado em R$ 5 milhões”, resumiu.

O valor só aumenta a conta para garantir a retomada da circulação normal dos trens, que já passa dos R$ 250 milhões. “Nossos recursos são finitos e estamos tendo que disponibilizá-los para repor o que foi furtado”, alertou Ernani Fagundes, dizendo que já pediu providências à Polícia Federal e à Secretaria Estadual de Segurança Pública.

Na reunião na Assembleia, o diretor-presidente da Trensurb pediu ajuda aos deputados estaduais. “Nossa luta agora, além de recuperar a operação dos trens até Porto Alegre, é energizar nossa rede aérea e inibir a ação dos criminosos”, detalhou.

O deputado Leonel Radde, vice-presidente da comissão, disse que a Prefeitura de Porto Alegre deve fiscalizar ferros-velhos e depósitos nas imediações das estações Farrapos e Mercado.

Como encaminhamento, o parlamentar informou que irá organizar uma visita da comissão aos trechos da linha do trem com mais casos de furtos. Ele informou que convidará lideranças da área da segurança pública para acompanhar a vistoria.

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